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Fundo árabe quer abrir bolsa de valores no Rio de Janeiro

Fundo árabe quer abrir bolsa de valores no Rio de Janeiro

O Mubadala Capital, fundo de investimentos do Emirado de Abu Dhabi, planeja abrir uma bolsa de valores no Rio de Janeiro para competir com a B3 ($B3SA3) no segundo semestre de 2025. A informação é do jornalista Lauro Jardim, do O Globo. 

A nova bolsa deverá ser presidida por Claudio Pracownik, ex-Ágora e ex-Genial Investimentos. A sede será no Rio de Janeiro e a nova bolsa deve operar em todos os mercados: ações, câmbio e derivativos.

Apesar da informação, o nome da nova bolsa ainda está em desenvolvimento. Jardim escreveu que uma empresa foi contratada para definir o novo nome.

Quem é o Mubadala Capital?

O Mubadala Investment Company PJSC, ou simplesmente Mubadala, é um dos principais fundos soberanos de investimentos do Emirado de Abu Dhabi. A holding foi criada em 2017 após a fusão entre a Mubadala Development Company (agora Mamoura Diversified Global Holding) e a International Petroleum Investment Company (IPIC). 

O Mubadala controla várias empresas no mundo e no Brasil, como o MetroRio, e é acionista majoritária da Zamp (ZAMP3), empresa controladora do Burger King, com 58,3% de participações da companhia.

O fundo soberano também está envolvido nas negociações de compra da fatia da Novonor na Braskem ($BRKM5) e de parceria com a Petrobras ($PETR3, $PETR4) na refinaria de Mataripe (Rlam).

Rio de Janeiro já teve uma bolsa de valores

Se o plano da Mubadala se concretizar, o Rio de Janeiro voltará a ter uma bolsa de valores após mais de 20 anos. A BVRJ (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), fundada em 1820, foi uma das mais antigas do Brasil. 

A instituição foi importante para a história econômica do país até seu declínio no final do século XX.

A BVRJ teve seus primórdios em operações informais ao ar livre, ganhando impulso com a vinda da família real para o Brasil em 1808. Ao longo dos anos, evoluiu para negociar diversos ativos, desde câmbio até ações e títulos. Durante o auge no século XX, participou de momentos econômicos importantes, incluindo a febre especulativa do Encilhamento e os leilões de privatização.

O apogeu da BVRJ foi nas décadas de 1950 e 1960, destacando-se pela negociação de ações, obrigações municipais e o surgimento de investidores institucionais. No entanto, teve momentos difíceis nas décadas seguintes, como o Crash de 1971 e a reforma do sistema financeiro em 1965. O declínio se acentuou com o Crash de 1989, perdendo para a Bovespa em participação e influência no mercado.

Em 2000, a negociação de ações remanescentes foi transferida para a Bolsa de Valores de São Paulo, e em 2002, a Bolsa de Mercadorias & Futuros adquiriu os títulos patrimoniais da BVRJ. 

Caso Naji Nahas

Naji Nahas ficou conhecido como “o homem que quebrou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro” em 1989. Nascido no Líbano em 1947, Nahas mudou-se para o Brasil em 1969 com uma fortuna familiar considerável. Ele construiu um império empresarial diversificado, envolvendo-se em vários setores, desde fábricas até investimentos em ações nas bolsas de valores brasileiras.

Na década de 1980, durante um período de alta volatilidade econômica, Nahas participou ativamente das operações na BVRJ, aproveitando as mudanças nas operações e atraindo especuladores. Ele conduziu operações conhecidas como Zé-com-Zé, comprando e vendendo ações para si mesmo por meio de intermediários, manipulando artificialmente os preços das ações.

No entanto, em 1989, após recusas generalizadas de financiamento por parte dos bancos, Nahas não conseguiu cumprir suas obrigações, o que levou ao colapso da BVRJ. Este evento marcou o início do fim para a bolsa carioca, que eventualmente foi absorvida pela Bovespa e pela Bolsa de Mercadorias & Futuros.

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