A venda da Braskem (BRKM5) pode se tornar uma disputa entre árabes. Após a Adnoc, dos Emirados Árabes manifestarem o interesse em comprar a petroquímica nacional, quem agora está de olho na empresa é a Saudi Basic Industries (Sabic), empresa da Arábia Saudita, que faz parte da gigante Aramco.
Segundo informações do jornal Valor Econômico, a princípio o grupo saudita faria uma oferta sozinho sem participar de algum consórcio, como busca fazer a sua concorrente. De acordo com a publicação, a Sabic possui uma fábrica em Campinas (SP), produzindo resinas e chapas de policarbonato.
Quanto à Adnoc, o consórcio do qual ela participa está em processo de due diligence junto à Braskem, que significa uma fase avançada no processo de negociação na aquisição da petroquímica nacional.
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Processo de venda da Braskem (BRKM5) ocorre em meio à crise ambiental
As negociações ocorrem em meio à crise ambiental em Maceió (AL), na qual a petroquímica se vê envolvida no momento. Na semana passada, o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, teria se encontrado com o presidente da Adnoc, Sultan Al Jaber, nos Emirados Árabes. A petroleira brasileira é uma das principais acionistas, ao lado da Novonor – ex-Odebrecht.
E justamente por conta desse crise ambiental, a empresa pode enfrentar condenação na Holanda ainda este ano, devido ao desastre ocorrido em Maceió.
Há dois dias, a empresa divulgou que as taxas de utilização das unidades industriais da companhia no quarto trimestre de 2023 (4TRI23) permaneceram em patamares abaixo da média histórica em função do desequilíbrio entre oferta e demanda global, com a taxa de eteno ficando em 66%, abaixo dos 72% do 4TRI22, conforme divulgado no relatório de produção e vendas.
O balanço do 4TRI23 está previsto para sair no dia 6 de março enquanto avança a venda da Braskem (BRKM5).
