Com a recente volatilidade dos mercados globais e as revisões negativas nos lucros das empresas americanas, muitos investidores brasileiros têm se perguntado: ainda faz sentido manter apostas no S&P 500 e em ações norte-americanas de forma geral?
Para Felipe Paletta, analista CNPI da EQI Research, a resposta é sim — com ressalvas.
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Alocação internacional segue fazendo sentido
“Do ponto de vista de um país emergente, como um investidor brasileiro olhando para o mercado norte-americano, entendo que faz muito sentido ainda você pensar em ter uma alocação internacional”, afirma Paletta. Ele destaca que investir fora do Brasil é uma forma de diversificação que segue sendo importante, sobretudo em um cenário local marcado por incertezas fiscais e instabilidade política.
No entanto, o analista ressalta que o timing da entrada faz diferença. “O momento onde você vai fazer o investimento é importante. Em um momento em que o mercado revisa lucros para baixo, normalmente não é um mercado saudável para você fazer grandes investimentos”, explica.
Por isso, na visão dele, o ideal agora seria adotar uma postura mais cautelosa. “Eu não faria grandes alocações nesse momento”, pontua. Ainda assim, ele acredita que o pessimismo atual em relação às ações americanas pode estar exagerado. “Acho que, de maneira estrutural, esse ‘excepcionalismo’ norte-americano, apesar de ser questionado nesse momento, não me parece tão em jogo quanto o mercado enxerga.”
Em resumo, a recomendação de Paletta é clara: manter o olhar estratégico no longo prazo, sem grandes apostas no curto, mas também sem abandonar a exposição internacional que, segundo ele, segue relevante para quem investe a partir de um país emergente como o Brasil.
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