A Americanas S.A. (AMER3), em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 94,7% em relação ao prejuízo de R$ 1,865 bilhão apurado no mesmo período de 2024. Segundo a empresa, o resultado reflete avanços operacionais e uma base de comparação que, no ano passado, foi impactada por despesas financeiras elevadas.
No relatório de resultados, a companhia destacou que o desempenho faz parte de um processo gradual de transformação.
“Seguimos com o nosso propósito de resolver a vida das pessoas, ampliando o acesso a produtos e serviços, fazendo negócios com parceiros e gerando impacto positivo com milhares de empregos e o desenvolvimento de nosso time de associados”, afirmou a empresa.
Americanas: vendas impulsionadas pela Páscoa
No acumulado do primeiro semestre de 2025, as vendas em mesmas lojas cresceram 11,8% frente ao mesmo intervalo de 2024, impulsionadas por eventos como a Páscoa, que registrou alta de cerca de 16%. A Americanas também ressaltou avanços na Plataforma de Clientes e Parceiros (PCP), criada no fim de 2024, que apresentou crescimento superior a 22% no GMV consolidado do cartão Cliente A, seguros e serviços.
O Ebitda ajustado ex-IFRS 16, embora ainda negativo, melhorou de R$ 237 milhões negativos no primeiro semestre de 2024 para R$ 170 milhões negativos em igual período de 2025. Excluindo efeitos extraordinários, a melhora operacional foi de R$ 257 milhões.
A companhia informou ainda que, em setembro de 2024, iniciou o processo de venda da Ame Digital, conforme previsto em seu Plano de Recuperação Judicial. Por isso, os resultados do segmento passaram a ser apresentados como operações descontinuadas, e as demonstrações financeiras do primeiro semestre de 2024 foram ajustadas para efeitos de comparabilidade.
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