A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta segunda-feira (3) que chegou a um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantindo uma pausa de um mês na aplicação das tarifas que Washington havia anunciado contra o país.
A decisão foi tomada após uma conversa entre os dois líderes, na qual também foram discutidas medidas de cooperação para conter o tráfico de drogas e a imigração ilegal.
Como parte do acordo, Sheinbaum confirmou que o México reforçará imediatamente a fronteira norte com 10 mil membros da Guarda Nacional, em um esforço para prevenir o tráfico de drogas para os EUA, com foco especial no fentanil.
Em resposta, Trump afirmou que o México também se comprometeu a conter o fluxo de imigração ilegal para os EUA.
Além disso, os dois países decidiram criar grupos de trabalho que, ao longo das próximas semanas, discutirão soluções conjuntas para combater o crime organizado, controlar a imigração e fortalecer a economia bilateral.
Os Estados Unidos também prometeram atuar para prevenir o tráfico de armas de alto calibre para o México, um dos principais desafios na luta contra a violência no país.
Tensões comerciais e retaliação mexicana
O acordo entre os países ocorre após Trump anunciar tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de 10% para produtos chineses. No final de semana, a presidente mexicana havia respondido com medidas de retaliação e fortes críticas à Casa Branca.
“Rejeitamos categoricamente a calúnia da Casa Branca de que o governo mexicano tem alianças com organizações criminosas, assim como qualquer intenção de interferir em nosso território“, declarou Sheinbaum em uma publicação no X.
Ela também afirmou que instruiu o ministro da Economia a implementar o Plano B, que inclui tarifas e outras medidas de defesa comercial contra os EUA.
A presidente mexicana também atacou a política antidrogas dos Estados Unidos, criticando a abordagem de Trump para lidar com o grave problema do consumo de fentanil no país.
“Se o governo dos Estados Unidos realmente quisesse enfrentar o grave problema do consumo de fentanil, poderia combater a venda de drogas nas ruas de suas grandes cidades – algo que não faz – e reprimir a lavagem de dinheiro gerada por essa atividade criminosa, que tanto prejudica sua população“, afirmou.
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