Fundos de investimento no exterior: vale investir?

Na virada de novembro para dezembro, a EQI Research sugeriu, em seu relatório de Alocação Recomendada, o aumento da exposição ao exterior. Segundo os analistas, o ideal é que os investidores destinem 15% de seu patrimônio a ativos fora do Brasil. No entanto, nem todos os investidores possuem conhecimento ou tempo disponível para compreender a dinâmica de produtos de renda fixa ou variável de mercados como os Estados Unidos ou outros países. Uma solução prática para superar essa dificuldade é investir em fundos de investimento no exterior. Com esses fundos, você terá acesso a um portfólio selecionado por algumas das principais gestoras do mundo, como BlackRock e Morgan Stanley. Mas será que investir em fundos de investimento no exterior realmente vale a pena? Siga com a leitura e descubra mais sobre essa modalidade, além de conhecer algumas opções para aumentar sua exposição internacional. DÓLAR + 10%: INVISTA NO PRÓXIMO HOTEL DE ALTO PADRÃO DE MIAMI O que são fundos de investimento no exterior? Os fundos de investimento no exterior são veículos financeiros administrados por gestoras especializadas, que aplicam os recursos dos investidores em ativos internacionais. Eles podem incluir ações de empresas estrangeiras, títulos de renda fixa emitidos por governos ou corporações, ou até mesmo uma combinação de diferentes tipos de investimentos, chamados fundos multimercados. Os fundos internacionais são geridos por equipes profissionais de instituições renomadas, como BlackRock, PIMCO e J.P. Morgan, que possuem experiência global e estratégias bem definidas para maximizar os retornos dos investidores. Vantagens de investir em fundos de investimento no exterior Investir em fundos internacionais oferece uma série de vantagens que podem atrair tanto investidores iniciantes quanto experientes. Uma das principais é a diversificação geográfica e setorial, já que esses fundos permitem acesso a mercados globais e setores específicos que não estão disponíveis na B3 ($B3SA3), como tecnologia, saúde e energia renovável. Você poderá estar exposto a gigantes, como Nvidia, Tesla, Apple, e não precisa se preocupar com o rebalanceamento de carteira em uma eventual queda generalizada do mercado, uma vez que os gestores minimizam as perdas e maximizam os ganhos. Isso reduz a dependência do desempenho da economia local e aumenta as possibilidades de crescimento patrimonial. Além disso, esses fundos podem atuar como uma proteção cambial, especialmente para quem busca preservar parte do patrimônio em moedas fortes, como o dólar, diante das flutuações do real. Outra vantagem é a isenção do chamado “come-cotas”, que é a antecipação do Imposto de Renda em determinados fundos, como os de renda fixa e multimercados, oferecendo maior eficiência fiscal. A variedade de opções também é um ponto positivo, pois permite ao investidor escolher fundos com diferentes perfis de risco, desde os mais conservadores até os mais arrojados. Por fim, os fundos internacionais podem ser uma ferramenta útil no planejamento sucessório, oferecendo vantagens fiscais que podem reduzir encargos sobre herança em determinados casos. Leia também: O que esperar dos fundos de investimento em 2025? Como investir em Fundos Internacionais de Investimento? Saiba tudo aqui! Tipos de fundos de investimento Os fundos de investimento no exterior oferecem diferentes opções que atendem a variados perfis e objetivos financeiros. A escolha do tipo de fundo depende do nível de risco que o investidor está disposto a assumir e do tipo de ativos que deseja incluir em seu portfólio. A seguir, conheça os principais tipos de fundos disponíveis. Fundos de ações Os fundos de ações internacionais são compostos, principalmente, por títulos de renda variável emitidos por empresas estrangeiras. Esses fundos oferecem a oportunidade de investir em gigantes globais dos setores de tecnologia, saúde, consumo, entre outros. Por apresentarem maior volatilidade, são indicados para investidores que buscam retornos mais expressivos no longo prazo e que têm maior tolerância a riscos. Fundos de renda fixa Os fundos de renda fixa são formados por ativos de menor volatilidade, como títulos emitidos por governos ou corporações estrangeiras. Os bonds são uma escolha interessante para quem busca estabilidade e preservação de capital, com ganhos consistentes ao longo do tempo. Esses fundos podem ser denominados em moedas fortes, como o dólar ou o euro, o que também oferece uma proteção adicional contra a variação cambial. Fundos multimercados Os fundos multimercados combinam diferentes classes de ativos, como ações, renda fixa e derivativos, para criar uma estratégia diversificada e balanceada. Essa flexibilidade permite que os gestores adaptem o portfólio às condições de mercado, buscando maximizar os retornos e minimizar os riscos. Por isso, são uma opção versátil, indicada para investidores que desejam equilibrar segurança e rentabilidade. Veja duas opções de fundos de investimento no exterior Entre os diversos fundos disponíveis para investidores que desejam diversificar seus portfólios no exterior, dois se destacam no mercado de crédito privado: o BlackRock Private Credit Fund (BDEBT) e o PIF – North Haven Private Income iCapital Access Fund A, gerido pela Morgan Stanley IM. Ambos oferecem características únicas para atender diferentes perfis e objetivos de investimento. BlackRock Private Credit Fund (BDEBT) Gerido pela BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, este fundo é voltado para o segmento de direct lending, investindo em empréstimos diretos a empresas de médio porte nos Estados Unidos. Com um distribution yield de 11,07% ao ano (em dólares), o BDEBT oferece retornos atrativos, mas com algumas limitações de liquidez, já que os resgates são realizados apenas trimestralmente e podem ser sujeitos a ajustes pró-rata caso ultrapassem 5% do patrimônio líquido do fundo. O fundo é indicado para investidores que não necessitam de liquidez no curto prazo e desejam diversificar sua carteira com ativos de crédito privado de alta qualidade. Além disso, conta com penalidade de 2% para resgates realizados em menos de um ano, reforçando a necessidade de planejamento ao investir. PIF – North Haven Private Income iCapital Access Fund A Gerido pela Morgan Stanley IM, este fundo também atua no mercado de crédito privado com foco em middle market, investindo em empresas de setores não cíclicos e defensivos. Ele apresenta um distribution yield de 9,5% a.a. e uma carteira diversificada de mais de 100 ativos, caracterizada por um perfil robusto de risco e alta garantia, com um Loan-to-Value (LTV) médio de 40,5%. Diferentemente do BDEBT, o PIF não possui penalidade para resgates antecipados, o que pode ser uma vantagem para investidores que desejam maior flexibilidade. Contudo, assim como o fundo da BlackRock, os resgates são realizados trimestralmente e também sujeitos à política de limitação de 5% do patrimônio líquido. Ambos os fundos são classificados como produtos alternativos e semilíquidos, sendo recomendados para investidores que podem alocar no máximo 15% de sua carteira nesses ativos, de acordo com o perfil de risco. Você leu sobre fundos de investimento no exterior. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!

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Victor Meira

Victor Meira

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