Investir nos Estados Unidos (EUA) e aproveitar as melhores oportunidades do mundo é o objetivo de milhares de investidores, mas a crise bancária recente pode afastar ou até mesmo amedrontá-los. Entretanto, assim como ocorre no Brasil, os EUA contam com FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), uma espécie de FGC americano.
Quer entender como funciona este seguro que protege os seus investimentos internacionais de eventuais falências como a que ocorreu no Silicon Valley Bank (SVB)? Continue no portal EuQueroInvestir para conhecer o programa na íntegra.
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O que é o FDIC?

O FDIC é a sigla em inglês para Federal Deposit Insurance Corporation, que em português significa: Corporação Federal Asseguradora de Depósitos. A instituição foi fundada em 1933 pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt em resposta à crise econômica de 1929 com a missão de garantir a estabilidade do sistema financeiro dos EUA.
Em outras palavras, o FDIC tem a função de atestar que os depósitos e operações financeiras sejam feitas do modo correto e transmitam segurança para as transações. Logo, para promover a confiabilidade na economia, a instituição assegura o cumprimento dos direitos dos consumidores por meio de sua certificação.
Como ele funciona?
Em 1934, o FDIC tinha um limite inicial do seguro com um valor de US$ 2,5 mil por categoria de propriedade. Com a inflação, o limite foi crescendo também. Atualmente, ele está em US$ 250 mil.
Em outras palavras, um proprietário pode ter dinheiro distribuído em diversas categorias distintas e o seguro é válido individualmente para cada uma dessas categorias.
O FDIC divide os depósitos em oito categorias:
- Contas de aposentadoria;
- Contas conjuntas;
- Contas de confiança revogáveis;
- Contas fiduciárias irrevogáveis;
- Contas do plano de benefícios do empregado ou contas de pensões;
- Contas Corporativas;
- Contas do governo;
- Contas únicas: aquelas que não se encaixam em nenhuma das contas anteriores.
Semelhante ao que acontece no Brasil com o FGC, o FDIC garante somente os valores depositados, ou seja: os valores mobiliários, ações e fundos mútuos não estão assegurados por eles.
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Quais são as regras do FDIC?

Para ter acesso ao FDIC, o investidor precisa conhecer as regras do fundo. Por exemplo, o valor máximo dele foi atualizado para US$ 250 mil por titular, tipo de conta e instituição em 2020. Os valores que ultrapassarem este limite não são contemplados pela proteção.
Assim, em caso de perdas, apenas os US$ 250 mil dólares serão ressarcidos ao depositante. Por isso, é necessário ficar atento ao limite e se a conta tem a devida proteção já que os valores que ultrapassam esse limite não contam com a proteção.
O FDIC não cobre outros produtos financeiros e serviços que os bancos disponibilizam no mercado. Alguns são:
- ações;
- títulos de renda fixa públicos ou privados;
- fundos de investimento;
- previdência privada americana;
- seguros de vida ou outras modalidades de seguros.

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Conheça a estrutura do FDIC
O FDIC é responsável por analisar e monitorar no mínimo 5 mil instituições financeiras, além de ser a entidade reguladora dos bancos dos estados.
A Corporação Federal de Seguro de Depósito é responsável por fiscalizar se os bancos estão cumprindo as leis de proteção ao consumidor e outras regras do sistema financeiro dos Estados Unidos, além de garantir a segurança dos depósitos bancários.
O controle administrativo da Corporação é realizado por um conselho de cinco membros nomeados pela presidência e confirmados pelo Senado dos Estados Unidos. Apesar disso, ele não recebe fundos públicos.
As taxas de seguros dos bancos membros são a fonte de recursos da Corporação Federal de Seguro de Depósito.
O FDIC impõe algumas condições para que os bancos possam receber o benefício, uma vez que as instituições financeiras precisam seguir requisitos de liquidez, bem como reservas. Há cinco classificações determinadas pelo FDIC:
- Bem capitalizado: pelo menos 10%;
- Capitalizados adequadamente: no mínimo 8%;
- Subcapitalizado: inferior a 8%;
- Significativamente subcapitalizado: menor ou igual a 6%;
- Criticamente subcapitalizado: menos de 2%.
Qual é a diferença entre o FGC e o FDIC?
Basicamente, há poucas diferenças entre o FDIC e o FGC, uma vez que eles promovem ações para garantir a segurança do mercado financeiro, cobrindo valores para os consumidores. A principal diferença entre eles, sendo a mais óbvia, é a geográfica.
O FGC é responsável por garantir a segurança financeira no mercado financeiro do Brasil. Enquanto que o FDIC é uma agência independente dos Estados Unidos.
Por atuar em regiões distintas, as operações das agências podem ser diferentes por questões políticas específicas de cada país.
No entanto, a função principal das instituições é promover a confiabilidade dos cidadãos para garantir a cobertura dos investimentos em caso de situações mais graves, como a falência de um banco. Isso ajudou milhares de investidores terem o seu dinheiro de volta na crise bancária dos EUA.
Então, se você ainda tem receio de investir nos EUA por medo de se expor na crise bancária, saiba que há mecanismos de proteção como o FDIC que impedem o prejuízo total dos investimentos.
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