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EQI Research aponta oportunidades no exterior e relevância da diversificação geográfica

EQI Research aponta oportunidades no exterior e relevância da diversificação geográfica

Na quarta-feira (13), a EQI Research promoveu uma live para discutir as melhores oportunidades de investimentos no exterior, reunindo os analistas Nicolas Merola, especialista em ações, e Marink Martins, analista internacional. Com o cenário global marcado por tensões comerciais e avanços tecnológicos, o encontro destacou a necessidade de diversificação geográfica como ferramenta de proteção e ampliação de retornos no longo prazo.

Logo no início, os analistas abordaram o conceito de home bias — a tendência do investidor concentrar recursos no próprio país — e defenderam que brasileiros ampliem a exposição internacional. Merola explicou que, enquanto muitos investidores diversificam apenas entre classes de ativos dentro do Brasil, crises geopolíticas e macroeconômicas reforçam a importância de ter uma carteira global.

Ao avaliar os mercados, Martins iniciou pelos Estados Unidos, onde alertou para a forte concentração do índice MSCI World, com quase 70% alocado em empresas americanas. Embora o país responda por 25% do PIB global, o analista considera que o momento atual oferece assimetria pouco convidativa para ações, devido ao valuation elevado.

“Hoje, a renda fixa lá fora é mais atrativa”, afirmou, destacando mudanças recentes na carteira global da EQI Research, com redução de exposição a ações americanas – clique aqui para conferir a carteira.

Melhores oportunidades de investimentos no exterior para além dos EUA

Na sequência, a conversa passou para a Europa, região que, segundo Martins, tem apresentado sinais de recuperação após anos de desempenho tímido. Ele ressaltou investimentos bilionários anunciados por países como Alemanha e Itália, que podem desencadear uma transformação industrial significativa na próxima década.

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Sobre a Ásia, o destaque foi a China, que vive um processo de reestruturação industrial, migrando de uma economia centrada na construção civil para setores de maior valor agregado, como tecnologia e energia limpa. Martins comentou o impacto global da consolidação no setor de carros elétricos e placas solares, além da crescente presença chinesa no campo da inteligência artificial. Japão e Sudeste Asiático também foram citados como beneficiários de mudanças geopolíticas e fluxos de capital.

Otimismo com o Brasil

Encerrando o “tour” pelos mercados, os analistas voltaram o foco ao Brasil. Martins listou sete fatores que sustentam seu otimismo com o país, entre eles: baixíssima alocação em ações, fundamentos atrativos, menor dependência de fatores externos e potencial de reentrada do Brasil no radar de fundos internacionais.

Merola complementou ressaltando que a EQI Research divulga, mensalmente, a carteira Buy and Hold (clique aqui para conferir), focada em ações de longo prazo, que prioriza empresas sólidas, combinando pagadoras de dividendos com companhias de alto potencial de valorização.

Para ambos os analistas, o momento exige análise criteriosa, mas oferece oportunidades raras. “Estamos diante de uma enorme assimetria convidativa no Brasil”, concluiu Martins, defendendo que o investidor diversifique globalmente, mas sem deixar de explorar o potencial doméstico.

Em quais ações investir no exterior?

A carteira internacional apresentada é diversificada geograficamente e contempla diferentes classes de ativos. A maior alocação está nos Estados Unidos, com 25% investidos no Core US Aggregate Bond ETF (AGG), voltado para renda fixa americana. A Europa aparece com dois ETFs: European Banks (EUFN) e Europe Quality + Dividend (OEUR), ambos com peso de 12,5% cada, totalizando 25% na região. A China ocupa 15% com o iShares China Large Cap ETF (FXI), enquanto o Japão representa 3% via MSCI Japan (EWJ).

O Sudeste Asiático tem participação de 6% por meio do ETF Southeast Asia (ASEA). A América Latina aparece pulverizada, com 1,25% para cada um dos ETFs de Argentina (ARGT), Colômbia (COLO), Peru (EPU) e Chile (ECH), somando 5% no total. Por fim, o Brasil representa 21% através da Carteira Buy & Hold da EQI Research.