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Marink Martins: renda variável nos EUA apresenta assimetria ‘não convidativa’

Marink Martins: renda variável nos EUA apresenta assimetria ‘não convidativa’

Marink Martins, analista de mercados internacionais da EQI Research, adiantou que fará importantes atualizações em sua carteira Global Investor Portfolio, com foco em uma reavaliação do cenário internacional e novas alocações em ativos mais defensivos.

A movimentação reflete um momento que Martins descreveu como de “zona de vertigem” nos mercados globais, especialmente nos Estados Unidos.

Inspirado por análise da DataTrek — casa de análise liderada por Nick Colas, ex-analista do First Boston e colaborador de Stephen Cohen na histórica SAC Capital —, Martins destacou o atual nível de estresse do mercado americano. Segundo ele, o S&P 500 está sendo negociado a 22,2 vezes o lucro projetado para 2026, patamar que só se justifica caso se acredite em “chances praticamente nulas de recessão” e em uma aposta bem-sucedida na inteligência artificial, o que elevaria os múltiplos para até 26 vezes.

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“Está caro, está caro para caramba, é isso que Nick Colas está dizendo”, alertou Martins, comparando o momento atual a um território onde o risco está elevado demais para justificar novas exposições agressivas.

Diante desse cenário, Martins anunciou mudanças significativas que irá promover na carteira Global Investor Portfolio:

  1. Redução da exposição em ações dos EUA: A alocação em renda variável americana será mantida em 25%, mas haverá redução de posição em ações, com a substituição por renda fixa de duration aproximada de 7 anos, buscando maior proteção diante do cenário de assimetria pouco favorável.
  2. Mudança na exposição europeia: A carteira deixará de focar em ações de grandes pagadores de dividendos na Europa, substituindo esses ativos por empresas do setor industrial, com ênfase em infraestrutura — um movimento que visa capturar oportunidades de crescimento mais resilientes no longo prazo.

E o Brasil?

Apesar dos volumes de negociação atuais muito baixos na B3 e do entrave político que impede a valorização do mercado local, Martins sinalizou que a bolsa brasileira parou de cair e expressou otimismo em relação ao cenário doméstico.