As ações da Kering (EPA: KER), controladora da grife Gucci, recuam durante o pregão desta quinta-feira (25), após o grupo de luxo anunciar um declínio acentuado nas receitas no primeiro semestre do ano. A companhia também divulgou uma previsão fraca para os próximos seis meses do ano.
O movimento é semelhante ao da LVMH na véspera, quando o maior grupo de luxo do mundo reportou que suas vendas no período ficaram abaixo das estimativas de analistas do mercado financeiro.
Os papéis da Kering caíram 9% na abertura do mercado, negociados em uma mínima de sete anos. As ações passaram a reduzir as perdas ao longo do dia e caem 6,90% por volta das 12h13 (horário de Brasília), negociadas a 279,85 euros.
A Kering é dona de marcas de luxo como Gucci, Yves Saint Laurent e Bottega Veneta.
Kering: queda em vendas puxam ações para baixo
Na noite de quarta-feira (24), o grupo de luxo divulgou que as suas receitas caíram 11% no primeiro semestre, na base anual. O declínio ocorreu “no contexto de uma desaceleração do mercado na maioria das regiões, exceto no Japão”, informou o balanço da Kering.
Houve uma desaceleração acentuada na China, enquanto as tendências não melhoraram muito na América do Norte e na Europa, segundo a empresa.
Excluindo efeitos cambiais, as receitas do grupo no Japão aumentaram 22%, enquanto os números asiáticos mais amplos, excluindo o Japão, caíram 20%.
A companhia espera que o lucro operacional recorrente caia até 30% em relação ao ano anterior no segundo semestre de 2024, e citou “incertezas que pesam sobre a evolução da procura dos consumidores de luxo”.
A Gucci registrou o pior desempenho das marcas da Kering no primeiro semestre de 2024, com uma queda de 18% nas receitas na leitura anual.