Os fundos imobiliários são geralmente conhecidos por investimentos em shoppings e galpões logísticos. Além disso, há os fundos de papel, que investem em títulos imobiliários como CRIs, LCIs e LHs. No entanto, também existem outros fundos imobiliários diferentes presentes na Bolsa.
Por exemplo, há FIIs de hotéis, do setor de educação e até de cemitérios que podem ser encontrados na B3. No entanto, o número desses tipos de ativos ainda é reduzido.
FIIs de cemitério
Já imaginou ser sócio de um cemitério? Isso é possível por meio de um FII.
O FII Brazilian Graveyard and Death Care Services (CARE11) foi o primeiro fundo de investimento do Brasil listado em Bolsa de Valores com foco na consolidação do setor de cemitérios, jazigos e serviços funerários, diretamente ou através de empresas cujo objeto principal seja a aquisição desses ativos.
Além dele, há também o Zion Capital (ZIFI11). O fundo imobiliário da gestora Zion não é composto por patrimônio de tijolo ou recebíveis, mas sim por participação societária na holding da Cortel, a maior empresa de serviços funerários do país.
Em 2022, a Zion (ZIFI11) iniciou o processo de abertura de capital via oferta pública inicial e recebeu uma solicitação da Prefeitura de São Paulo para operar um lote de cinco cemitérios. São eles:
- Cemitério Santo Amaro (Zona Sul);
- Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Zona Norte);
- Cemitério Dom Bosco (Perus);
- Cemitério São Paulo (Zona Oeste);
- Cemitério Araçá (Centro).
O Consórcio Cortel São Paulo, formado para a licitação, compõe 49,68% da carteira do fundo, enquanto a participação na Cortel equivale a 44,55% da carteira.
Por último, há o MFII11 da Mérito Investimentos. O fundo tem como objetivo realizar investimentos de longo prazo em ativos do segmento funerário.
Ele foi constituído com a estratégia de adquirir participações nos ativos do Bloco 2 da licitação realizada pela prefeitura de São Paulo, visando incrementar a receita mensal recorrente gerada pelos cemitérios por meio de investimentos nesses ativos.
Atualmente, a carteira do fundo é composta por 8,2 milhões de ações PN (R$ 82 milhões de capital integralizado) e 7,5 milhões de ações ON (R$ 7,5 milhões de capital integralizado) do Consórcio Cortel, e o patrimônio líquido do fundo é cerca de R$ 100 milhões.
FIIs de hotéis
Os fundos imobiliários de hotéis são, como o próprio nome sugere, fundos imobiliários que trabalham com alocação de capital nessa categoria de imóvel. Ou como o próprio nome indica, o portfólio desse tipo de ativo é baseado em empreendimentos hoteleiros.
Esses FIIs investem na compra de participações em hotéis e flats, gerando renda para os cotistas por meio da locação dos quartos. Outra forma de atuação é a comercialização das unidades hoteleiras.
Atualmente, os FIIs de hotéis listados na bolsa são:
- BTG Pactual Hotéis FII (BTHI11)
- XP Hotéis (XPHT11)
- Mogno Hotéis (MGHT11)
- Hotel Maxinvest (HTMX11)
- REC Hotelaria (RECH11)
FIIs de educação
Outro segmento diferente e ainda pouco explorado no mercado de FIIs é o setor de educação.
Entre as vantagens deste setor estão os contratos atípicos, já que esses imóveis geralmente são feitos sob medida para as instituições de ensino. A localização dos imóveis também é um fator relevante, pois as faculdades atraem um grande fluxo de pessoas e, portanto, precisam estar em endereços estratégicos.
O risco de crédito também costuma ser baixo, uma vez que as principais empresas educacionais têm baixa probabilidade de inadimplência. Por outro lado, os riscos do setor incluem o crescimento do ensino à distância, que pode reduzir a demanda por imóveis físicos, além do risco de despejo por falta de pagamento.
Os FIIs de educação listados são:
- Anhanguera Educacional (FAED11)
- Campus Faria Lima (FCFL11)
- Mint Educacional (MINT11)
- Rio Bravo Renda Educacional (RBED11)
FIIs de Hospital
Assim como nos outros setores mencionados anteriormente, os FIIs de hospitais investem em imóveis no setor da saúde.
No Brasil, esses fundos surgiram com o objetivo de gerar crédito para financiar o segmento de saúde, mas até agora não se desenvolveram significativamente. Atualmente, há poucos FIIs atuando nesse segmento. Entre as vantagens do setor está a demanda constante da sociedade. Doenças não são afetadas por crises financeiras: elas surgem a todo momento e precisam ser tratadas.
Entretanto, ao considerar os riscos, um problema é que o setor ainda possui muitos fundos monoativos, ou seja, com apenas um imóvel. Eventualmente, os locatários podem optar por deixar o imóvel ou não renovar o contrato.
Os FIIs do setor são:
- Hospital da Criança (HCRI11)
- Hospital Unimed Campina Grande (HUCG11)
- Hospital Unimed Sul Capixaba (HUSC11)
- Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11)
- Novo Horizonte (NVHO11)
Porque investir em um Fundo Imobiliário?
Existem diversas razões que justificam o investimento em fundos imobiliários e o colocam como uma boa alternativa de aplicação. Certamente, a mais conhecida delas é a possibilidade de recebimento de uma renda mensal.
Da mesma forma que ocorre com o investimento em imóveis, é possível receber dividendos mensalmente e ainda ganhar com a valorização da cota.
No entanto, os fundos imobiliários permitem que o ganho ocorra na forma de juros sobre juros, e isso acontece quando o investidor aplica os valores que recebeu comprando mais cotas.
Aliás, essa é outra grande vantagem dos FIIs: é possível investir mesmo com valores baixos, diferentemente dos imóveis físicos. Isso permite que mesmo o pequeno investidor participe desse mercado. Ou seja, trata-se de uma aplicação do mercado financeiro altamente acessível.
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