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Indústria de Fundos de Investimento cresce em ritmo acelerado

Indústria de Fundos de Investimento cresce em ritmo acelerado

Olá, Investidor Inteligente! A indústria de fundos de investimentos vem se desenvolvendo consideravelmente no Brasil nos últimos anos.

Aqui, quando falo “fundos”, englobo praticamente todas as classes: Fundos Abertos (Renda Fixa, Ações, Multimercados, Cambiais), Fundo Previdenciários, ETFs, Fundos Estruturados (FIPs, FIDCs e FIIs) e fundos offshore.

Observe a tabela abaixo:

tabela fundos de investimento Anbima
Fonte: Anbima

O total de ativos alocados no Brasil em fundos associados à Anbima hoje é de R$ 8,5 trilhões.

A média de crescimento da indústria é de 14% ao ano, muito acima da média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da nossa taxa básica de juros, Selic.

Ou seja, os brasileiros estão alocando cada vez mais recursos em fundos de gestão profissional. Observação: parte desse crescimento se dá pela contínua expansão da base monetária promovida pelo Banco Central. Isto é, há cada vez mais “reais” em circulação e parte desse fluxo acaba caindo nos fundos e ativos do mercado financeiro.

Olhando a variação anual, podemos observar que somente em 2008 (ano da crise do subprime americano) a variação foi negativa. Em todos os outros anos, houve crescimento.

Indústria de Fundos de Investimento: razões para o crescimento

Podemos elencar alguns motivos para esse crescimento:

  1. A abertura e o desenvolvimento da indústria, com cada vez mais empresas, no setor, desde gestoras, distribuidores, assessores de investimento, consultores etc.
  2. O acesso mais facilitado ao mercado de capitais por parte das empresas tomadoras de recursos. Há uma ou duas décadas, as empresas praticamente só possuíam o canal bancário para financiar seus projetos e muito dos recursos eram estatais. Hoje, há uma enorme fonte de recursos privada vindas de pessoas físicas ou jurídicas que acessam o mercado financeiro.
  3. A desbancarização do investidor que, através de maior acesso e educação financeira, passou a investir em produtos de investimento variados, diferentes da poupança ou dos ativos bancários (CDBs, LCIs, LCAs ou LCs).
  4. O aumento da variedade de investimentos, com o desenvolvimento de novos mercados, novos produtos, novos tipos de projetos de investimento. Por exemplo: hoje, o investidor comum através de um fundo de investimentos consegue investir em imóveis, precatórios, no exterior etc. Consegue se tornar um “pequeno banqueiro” ao investir em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios); e a acessar grandes projetos de infraestrutura através dos chamados FIPs (Fundos de Investimento em Participações).

Agora, vamos olhar o último ano:

Fundos de Investimento: Patrimônio Líquido

tabela fundos de investimento Anbima
Fonte: Anbima

De janeiro de 2023 a fevereiro de 2024, todas as classes de fundos tiveram crescimento, que compreende as captações líquidas junto à rentabilidade do período.

Podemos notar que os fundos estruturados (FIDCs, FIPs, FIIs) obtiveram aumentos consideravelmente maiores do que os fundos tradicionais (Renda Fixa, Ações, Multimercados, Previdência). Dentre as razões para isso, podemos citar:

(1) a base menor de comparação (fundos estruturados são menores em volume, o que facilita o crescimento acelerado);

(2) mudanças na legislação, que deram maior acesso ao investidor pessoa física, como a possibilidade do investidor geral investir em FIDCs;

(3) rentabilidades potencialmente maiores em fundos estruturados, por acessarem mercados de empresas de pequeno e médio porte; diferente dos grandes fundos abertos que em geral acessam dívidas e ações de empresas listadas.

E, por fim, vamos analisar a captação líquida (aplicações menos os resgates) no último ano.

Captação Líquida dos Fundos de Investimento (Anbima)

tabela fundos de investimento Anbima
Fonte: Anbima

Os campeões dos últimos 12 meses certamente foram os FIPs, com captação líquida de R$ 62 bi, na frente até mesmo dos fundos de renda fixa, que surfaram uma SELIC nas alturas e possuem patrimônio acumulado muito maior.

No lado oposto, os fundos multimercados sofreram inúmeros saques, pela dificuldade dos gestores em trazer boas rentabilidades no ano de 2023.

Ouvi de um gestor a grande dificuldade em “fazer alpha” (trazer ganhos acima da média) no ano passado, em função da falta de clareza nos discursos do Fed, que adotou o discurso “dependente de dados” e não indicou o caminho a ser seguido.

Agora, vou dar uma informação para você: depois de vários meses de captação líquida negativa na EQI, os fundos multimercados viraram o jogo em fevereiro e tiveram captação líquida positiva. Pode ser um sinal de tempos melhores para essa classe de fundos, principalmente agora que a Selic vem caindo de forma consistente.

Então, caro Investidor Inteligente, ao investir nas várias classes de fundos, você fará parte de uma indústria em forte crescimento. Como existem muitas (muitas mesmo!) opções, desde classes, tipos, gestores, perfis de risco, retorno, liquidez etc, eu diria para você fazer uma avaliação criteriosa antes de investir. Existem excelentes oportunidades, mas saiba que “nem tudo o que o que reluz é ouro”!

Conte conosco nessa busca!­­­

Por Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos

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