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Fiagros: Éxes aposta em nova forma de pensar o crédito, mais próxima do produtor

Fiagros: Éxes aposta em nova forma de pensar o crédito, mais próxima do produtor

A gestora Éxes, fundada em 2019 por Artur Carneiro, surgiu em um momento que o próprio fundador define como “inoportuno”. No entanto, mesmo em meio à pandemia, a gestora encontrou um caminho de prosperidade: os fundos voltados para o agronegócio, que mais tarde se consolidariam como Fiagros – Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais.

“Começamos no auge da pandemia, eu e Bruno Licarião, ambos vindos do BTG Pactual. Naquele momento de grande incerteza, o agronegócio ganhou destaque. Como encontrar boas oportunidades? Não tínhamos muito histórico, já que os Fiagros ainda nem existiam. Mas percebemos que o agro estava menos afetado pelos impactos da Covid. Enquanto setores como o imobiliário foram fortemente abalados, o agro se manteve firme. Afinal, independentemente de estarmos em casa ou no escritório, as pessoas precisariam continuar se alimentando. E foi o que aconteceu”, relembra Carneiro.

Além dessa percepção, Carneiro explica que, em momentos de grande estresse no mercado, o agronegócio trazia uma segurança importante para os investidores: a garantia das terras. “Naquele nível de estresse, só faria operações com muita garantia. E o agro, por meio das terras, oferecia essa segurança”, conta ele.

Com essa visão, a gestora desenhou seu primeiro fundo: o FIDC Xingu (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), que teve um excelente desempenho, com rentabilidade de 14,13% nos últimos 12 meses.

foto Artur Carneiro, fundador da Éxes
Artur Carneiro, fundador da Éxes

Éxes: 10 fundos no portfólio

Superada a fase mais crítica da pandemia, a Éxes diversificou seu portfólio. Hoje, a gestora administra 10 fundos, que variam entre FIDCs, Fiagros, Previdência e Multimercados. Apesar da diversificação, o agronegócio ainda ocupa uma posição de destaque, especialmente com o lançamento mais recente: o Fiagro Carajá.

O Fiagro Carajá tem como meta um retorno estimado de CDI + 6,32% ao ano, e o prazo de subscrição se encerra nesta quinta-feira (26). Como se trata de um Fiagro, o investimento conta com isenção de imposto de renda.

Outro destaque da Éxes é o Araguaia Fiagro (AGRX11), que possui um patrimônio líquido de quase R$ 180 milhões e mais de 21 mil cotistas. O Xingu, o primeiro fundo lançado pela gestora, está em fase de desinvestimento, com um patrimônio atual de R$ 65 milhões, embora já tenha atingido R$ 250 milhões no passado.

O diferencial da Éxes: originação própria e crédito estratégico

O grande diferencial da Éxes, segundo Carneiro, é a originação própria dos créditos, ou seja, as operações são desenvolvidas dentro da própria gestora, com um acompanhamento contínuo após os empréstimos. “Nosso diferencial está na forma como pensamos o crédito e no acompanhamento que fazemos dos processos”, destaca Carneiro.

Ele ainda explica que, quando se pensa em crédito agrícola, muitos lembram do Plano Safra, Banco do Brasil ou dos subsídios governamentais. No entanto, ele acredita que esses mecanismos não são suficientes para movimentar a principal indústria do Brasil. “O agro precisa de mais crédito, e nós acreditamos no relacionamento próximo com o produtor. Ajudamos a melhorar a governança, e isso reduz nosso risco. É uma relação de ganha-ganha”, afirma.

CRAs e Fiagros: vantagens para produtores e investidores

Carneiro também destaca como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e os Fiagros trouxeram melhorias significativas tanto para os produtores quanto para os investidores. “O agronegócio tem características muito específicas que tornam a concessão de crédito e o risco diferentes. Trata-se de um setor sensível a fatores como clima, secas e variações cambiais. O Brasil é um dos principais players globais no agro, mas ainda falta investimento”, avalia.

Ele acredita que a popularização dos produtos financeiros, em grande parte graças às plataformas de investimento, ajudou a aumentar a aceitação dos ativos de crédito privado por parte dos investidores. “Hoje, até mesmo os investidores mais leigos falam sobre CRIs e CRAs. Houve uma abertura para o crédito privado, algo relativamente novo no mercado de capitais brasileiro. Esse processo de ‘aculturamento’ sofisticou tanto os investidores quanto os gestores”, avalia Carneiro.

O fundador da Éxes conclui destacando o tamanho atual desse mercado: “Hoje temos números impressionantes no setor de crédito privado, com bancos alocando mais de R$ 1 bilhão por dia. É um volume muito expressivo”, finaliza.