O fundo Capitânia Intra ($CPTI11) está realizando sua 5ª emissão de cotas, com a intenção de captar cerca de R$ 301,9 milhões, ao preço unitário de R$ 99,64. Como trata-se de um fundo incentivado para investimento em infraestrutura (FI-Infra), ele tem a vantagem de oferecer rendimentos isentos de tributação.
Os FI-Infra são destinados, como diz o nome, à aplicação em ativos relacionados à captação de recursos para investimento em infraestrutura, como debêntures incentivadas. Cabe ao administrador constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores por meio da venda de cotas.
Todo FI-Infra tem um regulamento que, dentre outras disposições, determina a política de investimento do fundo. Como é constituído sob a forma de condomínio fechado, e o CPTI11 tem prazo de duração indeterminado, o investidor não pode resgatar as cotas, mas tem a possibilidade de negociá-las no mercado secundário, onde o fundo teve mais de R$ 3 milhões em volume de negociações em agosto.
Neste caso, caso consiga a venda com ganho de capital, o investidor fica isento de tributação. O mesmo acontece com os dividendos distribuídos mensalmente.
A Capitânia, gestora do fundo, hoje conta com mais de 40 fundos de investimentos, nas mais diversas áreas, que reúnem mais de R$ 22,7 bilhões sob gestão e cerca de 380 mil cotistas.
Capitânia Intra (CPTI11): mais sobre o fundo
O CPTI11 é um fundo que tem como principal estratégia de investimento a aquisição de debêntures incentivadas, podendo ser de estruturação própria ou não.
Conforme seu último relatório mensal, referente a agosto, o fundo hoje tem um patrimônio líquido de R$ 453,8 milhões, o equivalente a R$ 99,58 por cota. Essa negociação tem um pequeno desconto em relação ao valor por cota dos últimos dias, na casa dos R$ 101.
Como nos Fundos Imobiliários, o pagamento de proventos deve ser de no mínimo 95% dos resultados obtidos. Em setembro, esse valor foi de R$ 1,50. o que representa um dividend yield anualizado de 17,3%.
O patrimônio hoje está alocado a 43 diferentes exposições a empresas e/ou projetos de infraestrutura, com rating AA-, em setores que vão de projetos de geração de energia renovável a infraestrutura de telecomunicações e construções de estradas.
A Capitânia se mostra otimista com o desempenho do segundo semestre, num momento de queda de juros e com possibilidade de crescimento que abre espaço para novas emissões de debêntures incentivadas.
“Observamos ao longo do primeiro semestre do ano uma abertura generalizada nos spreads de crédito dos ativos incentivados, levando tais spreads próximo da máxima histórica. Com a melhora dos fundamentos macroeconômicos e da dinâmica local do mercado de crédito, começamos a observar o fechamento desses spreads no segundo semestre, acompanhado pelo fechamento dos vértices mais longos da curva de juros real. Seguimos observando o mercado com bastante otimismo. Em agosto, a indústria teve a melhor captação líquida dos últimos 12 meses, o que deve impulsionar a compressão dos spreads de crédito dos ativos e consequentemente melhorar a performance do fundo”, projeta a gestora.
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