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Fiagro: como investir em fundos do agronegócio?

Fiagro: como investir em fundos do agronegócio?

Famoso pelas suas riquezas naturais, o Brasil é o terceiro maior produtor agrícola do mundo e este setor é um dos principais pilares econômicos do país. 

É nesse contexto, que os investidores que apostam nos agronegócios estão felizes com uma nova modalidade estabelecida no dia 2 de agosto de 2021. 

Tratam-se dos Fundos de Investimento das Cadeias Agroindustriais – Fiagro – que possibilitam o negócio de produtos entre as gestoras e acionistas na bolsa de valores.

Saiba mais aqui!

O que é Fiagro?

O Fiagro é um tipo de aplicação criada em março de 2021 com o objetivo de abrir portas para que pessoas físicas, jurídicas e estrangeiras possam investir no agronegócio brasileiro. 

Este investimento é uma adaptação rural dos fundos imobiliários (FIIs). O objetivo do governo é de fortalecer o setor do agronegócio.

Como funciona o Fiagro?

Também conhecidos como Fundos de Investimento em Cadeias Produtivas Agroindustriais, os Fiagros visam melhorar a captação de recursos do setor, que antes tinham basicamente apenas os bancos como agentes financiadores.

Dessa forma, esses fundos ficam à disposição do investidor para serem adquiridos por meio de cotas. O recurso captado serve para aumentar a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Características do investimento

Como os Fiagros configuram uma categoria de fundo de investimento imobiliário, eles podem investir também em imóveis ligados ao agronegócio, como terras e galpões logísticos de armazenamento de grãos.

Na prática, um gestor ou instituição financeira fica responsável pela decisão de onde investir os valores. Tem como base regulamentos e políticas estabelecidos. 

Os investidores que querem participar do Fiagro adquirem cotas em ativos do agronegócio que são somadas e representam o seu patrimônio total.

Rentabilidade

Em relação aos lucros, existe a expectativa de valorização das aplicações realizadas no fundo de investimento. Por isso, o emprego de capital no fundo costuma ser positivo para que os ganhos sejam divididos de forma proporcional entre os participantes.

Tributação

Em comum, o Fundo de Investimento nas cadeias do agronegócio Produtivas Agroindustriais e os Fundos Imobiliários compartilham da mesma base legal e regime tributário.

Em ambos os casos, existe a isenção do Imposto de Renda incidente sobre rendimentos distribuídos por esses fundos a pessoas físicas.

Vantagens

Para o investidor, existe a vantagem de receber dividendos mensais advindo dos aluguéis e operações de compra e venda desses imóveis.

Como já vimos, um ponto muito favorável para quem investe nesse tipo de fundo é ser isento do pagamento de imposto de renda sobre os dividendos recebidos.

Setor agro

O investimento atua em um dos setores mais produtivos do Brasil, que é o agronegócio. Entre as suas principais vantagens está a diversificação dos tipos de ativos no mercado agrícola, como por exemplo imóveis rurais, participação em sociedades e ativos financeiros que integram a cadeia produtiva agroindustrial.

Facilidade de investir 

A facilidade é outro aspecto bastante positivo. Isto porque é possível investir nas cadeias produtivas sem realizar a compra de um imóvel rural. Por exemplo, um investidor não precisará desembolsar o valor normalmente exigido para a compra de uma fazenda ou indústria. 

O conjunto de tarefas relacionadas ao imóvel fica a cargo dos profissionais responsáveis que irão buscar todos os trâmites de compra e venda, manutenção e cobranças de impostos.

Valorização das cotas 

Ao investir na aplicação, o cotista terá uma série de benefícios, entre estes, o aumento nos preços dos imóveis do fundo – o que gera a valorização por conta do aumento do patrimônio; a receita do investimento –  que é periodicamente distribuída para os cotistas; além da isenção do imposto de renda para pessoas físicas. 

Isto é, para cotas do Fiagro admitidas em negociações na bolsa de valores ou no balcão organizado. Vale ressaltar que para fugir dos impostos, o fundo precisa contar com, no mínimo, 50 cotistas.

Como investir no Fiagro

Além do investimento em propriedades rurais, como fazendas e indústrias do agronegócios, existem outros caminhos para quem quer apostar no Fiagro. Entre estas alternativas, estão: a participação em sociedades que exploram a atividade agroindustrial e a atuação nos direitos creditórios dentro do agronegócio ou que sejam relacionados aos imóveis rurais.

Também pode ser feito na compra de ativos financeiros como títulos de créditos ou valores mobiliários emitidos por pessoas físicas e jurídicas. 

Por último, pode ser feito investimento nas cotas de fundos de investimentos que apliquem mais de 50% do patrimônio em ativos do agronegócio.

Por que investir?

Existem diversas boas razões para investir nesses ativos. A primeira delas é o ativo alvo: o agronegócio brasileiro. Trata-se de um setor que só cresce e que tem grande relevância no cenário nacional e mundial.

Em segundo lugar, o investidor tem a possibilidade de ter retornos isentos de imposto de renda. 

Além disso, existe um importante fator nesse mercado que provê uma proteção adicional ao recurso aplicado: o mercado futuro.

Nele, são negociados contratos de compra e venda com liquidação futura, mas com o preço acordado no presente. Esse mecanismo existe para toda mercadoria considerada uma commodity.

Como soja, milho, café arábica e boi gordo fazem parte dessa classificação, também há instrumentos para serem negociados em seus respectivos mercados.

Assim, mesmo que haja uma derrubada dos preços no mercado internacional, os produtores que usam o mercado futuro podem garantir o preço de venda de suas mercadorias.

Quais são os riscos?

Os riscos presentes são praticamente os mesmos da maioria dos fundos imobiliários existentes no mercado, com a diferenciação de estarem intimamente ligados ao setor do agronegócio.

Assim, existe o risco natural de mercado, que pode atingir o preço das cotas do fundo. Além disso, existem as questões econômicas, como o aumento da taxa básica de juros. Isso faz com que a renda variável (na qual se incluem esses ativos) tenha uma desvalorização temporária.

Além disso, pode haver o risco de crédito por parte dos emissores dos títulos, o que é natural do mercado. A gestão profissional do fundo é responsável por escolher bons papéis.

Outros riscos presentes são o de liquidez e a volatilidade da bolsa de valores, que se reflete no valor das cotas. 

Setor Agrícola: cenário favorável estimula investimentos

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 2021, a área plantada dobrou. E a produção de grãos cresceu mais de seis vezes entre 1975 e 2017, atingindo a marca de 236 milhões de toneladas. 

Aceleração na produtividade e investimentos teriam sido as bases desse resultado.

Apesar da pandemia da Covid-19, o mercado do agronegócio conseguiu se manter bastante aquecido. 

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram exportados ao todo 131,5 milhões de toneladas de produtos em 2020. O Brasil lidera o ranking mundial na exportação de açúcar, café e soja.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no Brasil teve uma expansão considerada recorde de 24,31% em 2020 frente a 2021. A cadeia produtiva da agricultura cresceu 24,2%; e a pecuária em 24,56%.

No entanto, ao mesmo tempo em que o país vive um momento considerado favorável no setor, ainda existem gargalos. 

A Frente Parlamentar da Agropecuária estima que ainda sejam necessários mais de R$ 700 bilhões para aprimorar a produção brasileira. Foi nesse contexto, que surgiram esses ativos com o intuito de captar investimentos para o setor.

Crescimento da indústria dos Fundos Imobiliários 

De acordo com a B3, a bolsa brasileira, os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) e os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais registraram bons resultados na comparação entre o primeiro trimestre de 2022 com o mesmo período de 2021.

Nos FIIs, a quantidade de CPFs registrou elevação de 24%, de 1,3 milhão para 1,6 milhão de pessoas. O valor em custódia cresceu de R$ 87 bilhões para R$ 98 bilhões, do 1TRI21 para o 1TRI22. Vale dizer que as pessoas físicas respondem por 74% do volume investido nessa modalidade.

Lançado em outubro de 2021, os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais estão tendo uma evolução muito rápida: o número de investidores disparou 419% em apenas 6 meses. 

O produto guarda muitas similaridades com o FII, incluindo a vocação para as pessoas físicas, que respondem por 98% do volume investido.

O saldo mediano deste ativo está por volta de R$ 20 mil, quatro vezes maior que o dos FIIs.

Fundos Imobiliários: o que são?

Os Fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são veículos financeiros que têm a obrigatoriedade de aplicar seus recursos em imóveis ou títulos de crédito desse mercado em um percentual não inferior a 75%. 

Os FIIs são fundos fechados com cotas negociadas em bolsa de valores.

Na maior parte dos Fundos Imobiliários, os investidores se juntam em uma sociedade que é dona de um empreendimento, que pode ser um prédio comercial, um shopping, um hospital, entre outros.

Na maior parte das vezes, a intenção é gerar renda de aluguéis. Assim, quando você compra um fundo imobiliário, você está comprando uma pequena parte de um prédio.

Outra alternativa é comprar fundos de Fundos Imobiliários. Ou seja, fundos de investimentos que compram a participação em outros Fundos Imobiliários.

Por que os Fundos Imobiliários são tão populares?

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s) apareceram como alternativa para uma cultura que está enraizada na população brasileira: a tradição/sonho de investir em Imóveis.

Não importa se o seu intuito é de ganhar com a compra e venda ou receber uma renda de aluguel.

Por esse motivo, os Fundos Imobiliários servem muito bem para os dois propósitos, e a principal vantagem: o investimento inicial é muito baixo.

Tipos de Fundos de Investimentos Imobiliários

Fundos Imobiliários de recebíveis

Os fundos de recebíveis ou “fundos de papel“ são fundos de investimentos imobiliários que aplicam seus recursos em títulos de crédito do mercado de imóveis.

Isso quer dizer que seu patrimônio não é alocado diretamente nos imóveis físicos, apenas utilizando-os como lastro para suas operações.

Em vez disso, os recursos são aplicados em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Eles são títulos emitidos por securitizadoras para antecipar o fluxo de recebíveis de um determinado imóvel.

Fundos Imobiliários de Tijolo

Os fundos de tijolo seguem o mesmo padrão de investimento da ideia geral de auferir renda por meio do investimento em imóveis. Só que no caso dos fundos, isso acontece em uma escala muito grande.

A razão disso é que os imóveis alvos dos Fundos Imobiliários têm alto valor e geralmente só podem ser adquiridos por esses investidores institucionais.

São shoppings centers, hospitais, sedes de grandes grupos educacionais e agências bancárias, por exemplo.

Fundo de fundos (FOFs)

O fundo de fundo (FOF) é aquele que investe seus recursos em outros Fundos Imobiliários. 

Existem algumas vantagens nesse modelo. O primeiro benefício é pulverizar o risco do investimento. Como a carteira de um FOF normalmente tem entre 20 e 25 fundos diferentes, o risco é amenizado.

Há também a vantagem de economizar tempo, pois o investidor não precisa analisar vários fundos para escolher o que mais lhe agrada. Esse trabalho fica a cargo do gestor do fundo.

Fiagro

O Fundo de Investimento no Agronegócio é um tipo especial de FII, cujo objetivo é investir em imóveis pertencentes ao setor do agronegócio.

Assim, os recursos do fundo são empregados em terras agrícolas e operações advindas do agronegócio, todas pertinentes ao ramo imobiliário.

Também integram o portfólio desses fundos os títulos de créditos emitidos por agentes do mercado que integrem a cadeia produtiva do agronegócio, como os CRAs.

Como já mencionado, podemos encontrar vários tipos de fundos imobiliários. Veja mais sobre eles: 

  • Fundos que investem em lajes corporativas
  • Fundos que investem em Hospitais
  • Fundos que investem em Instituições Educacionais
  • Fundos que investem em Agências Bancárias
  • Fundos que investem em letras de crédito imobiliários (CRI, LCI)
  • Fundos que investem em outros Fundos Imobiliários
  • Fundos que investem em hotéis
  • Fundos que investem em Shoppings

Como escolher os melhores fundos imobiliários para sua carteira

Você já investe em fundos imobiliários? Ou pretende se tornar um investidor e quer conhecer quais os melhores fundos imobiliários? 

Uma alternativa para montar uma boa carteira é contar com a ajuda de uma planilha atualizada que mostra os rendimentos dos 200 principais fundos imobiliários do Brasil. Veja aqui:

Com a ajuda desta planilha, você vai descobrir o valor de mercado dos fundos, o valor patrimonial, o preço do metro quadrado, e descobrir também se o preço está caro ou barato.

Como usar a planilha de Fundos Imobiliários

Ao clicar em um dos fundos, é possível observar todas as suas caraterísticas: a empresa gestora, o tipo de imóvel no qual o fundo é especializado, o valor patrimonial e o valor patrimonial por cota.

Em alguns casos, é possível ver que os fundos estão sendo negociados por valores maiores do que seu valor patrimonial, o que é normal quando se tratam de “bons” fundos. 

Esse valor é calculado ao se pegar na planilha o valor patrimonial do fundo e dividir pelo número de cotas – se esse índice estiver acima de 1, é sinal de que se trata de um fundo valorizado.

É claro que o sonho de todo mundo é comprar fundos imobiliários, assim como no caso de ações ou qualquer tipo de ativo, por um preço equivalente ao patrimonial, ou até mesmo abaixo, em raros momentos, as chamadas “pechinchas”, em que pessoas negociam os ativos por um preço abaixo do justo. 

A planilha permite também que o investidor fique de olho nesse tipo de informação.

Relatórios gerenciais: fique de olho

Uma dica importante para quem deseja investir em FIIs, no entanto, está além de observar preços em alta ou baixa: assim que você se interessar por um fundo, é importante buscar o relatório gerencial para ver as principais informações sobre o gerenciamento do ativo.

É possível ter acesso com uma simples pesquisa no Google pelo ticker do fundo. Lá é possível verificar quais são as estratégias que vêm sendo adotadas pelos gestores em busca de valorização e que tipo de imóvel é administrado pelo fundo, além de outras informações importantes para quem quer colocar seu dinheiro num ativo.

Isso ajuda, por exemplo, a compreender que uma desvalorização pode estar acontecendo por um momento de baixa no uso do imóvel, o que o torna, em tese, menos atraente para os investidores.

  • Se você quer saber mais sobre Fiagro e como investir, converse com um assessor. Abra uma conta na EQI Investimentos.