Com a Selic a 10,75% muitas pessoas se perguntam onde é melhor investir. Depois da reunião realizada nestas terça e quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a nova taxa de juros, conforme aguardado pelo mercado. E confirmou o movimento ascendente da taxa básica de juros como meio para conter o aumento da inflação.
Aproveite o texto e faça uma boa leitura!
Qual é o cenário atual da taxa Selic?
Depois de alcançar a mínima histórica de 2% ao ano em agosto de 2020 e permanecer nesse patamar até janeiro de 2021, o Banco Central iniciou uma elevação abrupta que dura até os dias atuais.
De fato, o aumento da taxa de juros foi mais rápido no Brasil que em todo o restante do mundo, visto que a inflação atingiu os países de forma indiscriminada por conta da crise causada pela pandemia.
Nesse cenário, surgem boas alternativas de investimento, já que a taxa Selic regula diversas aplicações do mercado financeiro.
Como investir com a Selic a 10,75?
A Selic é diretamente ligada ao mercado de renda fixa. Ela serve de parâmetro para balizar os rendimentos desse mercado, pois diversas aplicações são atreladas a elas.
E mais: existe o efeito colateral sentido na renda variável, sobretudo nas ações da bolsa de valores e nas cotas de fundos imobiliários.
Acontece que quando a renda fixa se mostra atraente, com altas taxas de juros, a maior parcela do capital tende a migrar. Ou seja, ele sai do mercado de risco e é aplicado em papéis de renda fixa.
Isso faz todo o sentido, já que se a renda fixa paga bem correndo praticamente nenhum risco, não há razão aparente para investir em mercados mais voláteis.
Pelo menos esse é o pensamento geral. Seguí-lo às vezes é bom, assim como contrariá-lo pode trazer bons retornos. As condições do mercado precisam ser analisadas com cuidado para tomar decisões de investimentos.
Quais são os melhores investimentos?
Acompanhe as melhores recomendações para a Selic a 10,75%.
Títulos Públicos
A primeira opção de investimento na renda fixa parte do grupo emissor representado pelo Governo Federal. São os títulos públicos e atualmente existem três opções com os mais variados prazos de vencimentos.
As aplicações podem ser feitas no Tesouro Prefixado, no Tesouro Selic e no Tesouro IPCA. A tabela completa dos títulos disponíveis podem ser conferidas aqui.
É preciso apenas ter cuidado e fazer um bom planejamento, pois caso seja necessário resgatar o valor investido antes do vencimento, pode haver prejuízo na aplicação, principalmente em ciclos de juros em alta.
Títulos de instituições financeiras
Outro grande emissor de papéis de renda fixa são as instituições financeiras. Elas tem a autorização expressa para captar dinheiro no mercado a fim de financiar a expansão de atividades econômicas e do crédito imobiliário.
Para isso, elas emitem diversos títulos. Entre eles, podemos citar os CDBs e letras financeiras, como as LCIs e LCAs.
São uma boa opção de investimento, já que contam com a garantia do FGC, o fundo garantidor de crédito.
Crédito privado
O último grande emissor da renda fixa são as empresas privadas. Elas emitem papéis com o intuito de expandir o seu caixa e financiar suas operações.
Os principais títulos desse mercado são os CRIs, CRAs e Debêntures, principalmente as incentivadas que contam com isenção de IR.
Como se trata de um mercado de maior risco, o prêmio costuma ser maior.
Bolsa
Nem só de renda fixa vive o mercado e mesmo em tempos de ascensão da renda fixa, pode ser que existam boas oportunidades na bolsa de valores.
A razão disso é que, como há uma migração do capital, a renda variável rende a diminuir seu preço.
No entanto, várias empresas continuam com bons fundamentos e o investidor de longo prazo pode enxergar uma boa oportunidade de comprar ativos com preços descontados.
Fundos imobiliários
O mesmo raciocínio pode ser aplicado aos fundos imobiliários. Como também se trata de um mercado de renda variável, há uma fuga natural de capital.
Assim, o preço das cotas tende a cair e é justamente nesse momento que o pagamento de dividendos alcança seu maior valor.
Se não houver alteração significativa nas condições dos imóveis administrados pelos fundos, o recebimento de dividendos tende a ser nominalmente o mesmo.
Como consequência, o retorno sobre o investimento torna-se ainda maior.
O que fazer após a Selic alcançar o topo da curva ascendente?
Também espera-se para março que mais um ponto percentual seja acrescentado à Selic.
Se esse cenário se concretizar, teremos uma taxa básica de nada menos que 11,75% ao ano, um patamar bastante expressivo.
No entanto, pode ser que a curva ascendente alcance seu ápice neste ponto. De fato ninguém sabe qual será o teto, mas há grandes chances de ocorrer nesse nível.
Nesse momento pode surgir a dúvida: o que fazer? Uma boa dica é se espelhar em momentos anteriores de nossa economia, quando esse tipo de situação já ocorreu.
Quem estiver travado em títulos longos talvez deva permanecer. Já quem tem uma carteira diversificada, pode começar a olhar para o mercado de renda variável.
O fato é que com a Selic a 10,75%, sempre haverá capital disponível para fazer aplicações na renda fixa. Principalmente em papéis com pouco risco, como é o caso dos títulos públicos federais.
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