Em outubro, os investidores encontraram-se entre a proteção oferecida por ativos tradicionais e a atração de opções mais arriscadas, como o Bitcoin.
No ranking de investimentos, a criptomoeda, junto com o ouro e o dólar, foi destaque entre os ativos de maior rendimento no período, impulsionada tanto pelo ambiente global instável quanto por dinâmicas domésticas favoráveis.
O Bitcoin, em especial, registrou um bom desempenho, com valorização de 19,7% no mês, ultrapassando os R$ 410 mil e quase renovando sua máxima histórica em dólares.
Esse movimento foi impulsionado por uma combinação de fatores.
Nos Estados Unidos, o primeiro mês completo de flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed) contribuiu para uma migração parcial dos investimentos de Renda Fixa para ativos de maior risco.
Porém, o cenário foi impactado por incertezas geopolíticas, incluindo conflitos no Oriente Médio e o acirramento da corrida presidencial nos EUA, com a disputa entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris.
A campanha de Trump, com promessas de corte de impostos e aumento de tarifas de importação, gerou receios de uma possível alta nos juros caso essas medidas pressionem a inflação, levando investidores a buscar ativos mais estáveis.
Esse cenário, apelidado de “Trump trade”, fortaleceu o Bitcoin como uma alternativa.
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No Brasil, o risco-país também contribuiu para impulsionar a valorização da criptomoeda, que encerrou outubro com ganho anual de 94,8%.
O ouro físico, por sua vez, também se destacou, alcançando um recorde de US$ 2.740 por onça-troy e registrando uma alta de 10,3% em outubro. No acumulado do ano, o metal precioso tem um ganho de 58,3%, confirmando seu status de proteção em períodos de incerteza.
Enquanto o dólar perdeu espaço no ranking de investimentos, os índices americanos Nasdaq e S&P 500 subiram para a terceira posição, com ganhos de 20,5% e 19,6% em 2024, respectivamente, em grande parte beneficiados pela redução dos juros e pelo crescimento das ações de tecnologia.
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