Conforme a Black Friday se aproxima, o cenário de compras se expande com cada vez mais ofertas nos mais diversos setores, inclusive abrindo caminho para uma experiência de consumo global. Enquanto os consumidores buscam aproveitar promoções de todos os lados, surge a preocupação com as taxas na hora das compras e se os preços realmente valem a pena durante o evento.
Em 2023, a Black Friday será no dia 24 de novembro. O evento é realizado anualmente nas últimas sextas-feiras de novembro.
Itens como eletrônicos, cosméticos e roupas tendem a ser os mais buscados na Black Friday – e também os que ficam no foco das taxações.
Segundo Julian Portillo, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o foco permanece nos eletroeletrônicos, como celulares, TVs, tablets e computadores, assim como, eletrodomésticos.
Esses produtos mais visados podem sofrer uma taxação maior, mas isso é algo que o consumidor não tem controle, pois vem de impostos que podem ser federais, estaduais ou municipais.
Para evitar cair em uma propaganda enganosa ou oferta não vantajosa, o especialista recomenda que o consumidor esteja sempre atento neste período. “Procure as ofertas não só pelo preço final, mas opções de parcelamento e até à vista, dependendo do desconto. Lembre-se que quando um produto é oferecido no mesmo preço à vista ou parcelado, o juro está embutido ali”, diz.
Como fugir de produtos taxados na Black Friday?
Apesar da data ser celebrada no dia 24 de novembro neste ano, as promoções da Black Friday muitas vezes começam mais cedo em muitas lojas.
Naturalmente, as ofertas da Black Friday despertam no consumidor a sensação das compras “sem culpa”, afinal o desconto parece ser grande e vantajoso.
Justamente por ser uma prática tão generalizada de ofertas fora do comum – ou que se apresentam desta forma –, que surge uma maior aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) no período, segundo especialistas. O objetivo do documento é regular as relações de compra e venda para evitar que empresas e consumidores saiam no prejuízo.
Na hora de comprar, para evitar maiores prejuízos, o consumidor pode buscar alternativas além das lojas físicas. Segundo Julian Portillo, a busca pela internet é extremamente válida, pois normalmente oferece o produto online mais em conta.
“Na dúvida, negocie na loja física, caso o produto a pronta-entrega, e tente chegar no preço do online. Lembre-se que muitas lojas cobram frete e, por isso, a diferença de preços às vezes pode não ser tão grande”, avalia.
