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Não existe almoço grátis: o que a famosa frase tem a ver com investimentos?

Não existe almoço grátis: o que a famosa frase tem a ver com investimentos?

A expressão “Não existe almoço grátis” (tradução da frase em inglês There is no free lunch) é amplamente conhecida e tem sido usada em vários contextos, especialmente no financeiro. Embora a origem exata da frase não seja clara, ela se popularizou com o romance Revolta na Lua, de 1966, escrito pelo autor de ficção científica Robert Heinlein, e ganhou ainda mais relevância no campo econômico com as lições de liberalismo do economista Milton Friedman, vencedor do Prêmio Nobel.

A frase faz alusão a uma prática comum nos Estados Unidos, particularmente em bares do Velho Oeste, onde se oferecia comida gratuitamente aos clientes que compravam pelo menos uma bebida. Contudo, os alimentos geralmente eram muito salgados, incentivando os clientes a consumir ainda mais bebidas. Em resumo, o que parecia ser um benefício sem custo na verdade escondia despesas indiretas de alguma forma, o cliente acabava sempre pagando a conta.

O que significa essa frase?

A expressão “Não existe almoço grátis” destaca que, por mais simples que uma oferta pareça, sempre há um custo envolvido, seja financeiro ou não. Esse conceito é particularmente relevante no contexto dos investimentos.

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Além disso, a frase atua como um alerta sobre as escolhas que fazemos, enfatizando que cada decisão e ato de consumo traz, de forma explícita ou implícita, contrapartidas que devem ser avaliadas. É fundamental que as pessoas analisem as nuances e entendam o verdadeiro custo de suas ações ao investir.

A natureza também nos ensina a valiosa lição de que tudo tem um custo. Para que uma planta possa germinar, é preciso que a semente primeiro morra. Na selva, para que um animal sobreviva, outros precisam servir de alimento.

O químico francês Antoine Lavoisier (1743–1794) sintetizou esse conceito ao afirmar que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Esse princípio é reforçado por um ditado russo que diz: “O único lugar que se encontra queijo de graça é em uma ratoeira”.

No cenário atual, é comum nos depararmos por exemplo, com campanhas promocionais de empresas que oferecem brindes, degustações, descontos e outros mimos aos clientes. No entanto, engana-se quem acredita que essas ofertas são gratuitas. Alguém arca com os custos, e, certamente, não é a empresa que está promovendo tais ações.

´Não existe almoço grátis´ nos investimentos

No mundo dos investimentos, as promessas de retornos milagrosos estão sempre à espreita. Diante dessas ofertas atraentes, é essencial que os investidores adotem uma postura crítica. Assim como na vida, é fundamental lembrar que nada vem sem custo e que não existe investimento completamente isento de riscos.

Ao selecionar um tipo de investimento, é necessário priorizar entre três aspectos fundamentais: segurança, rentabilidade e liquidez. Essa decisão implica, inevitavelmente, renunciar a um deles, o que torna qualquer investimento incompleto em relação a esses critérios.

A relação entre risco e retorno é importante para entender essa dinâmica. Em geral, quanto maior o risco, maior o potencial de retorno. Portanto, se alguém lhe prometer que um investimento pode dobrar seu capital sem aumentar os riscos, desconfie. Investigações cuidadosas sobre a proposta são indispensáveis, pois promessas tentadoras podem levar a armadilhas financeiras que impactarão diretamente seu bolso.

Por mais que um investimento pareça a solução ideal para sua vida financeira, mantenha a cautela. Se uma oferta parecer um “almoço grátis”, isto é, muito boa para ser verdade, examine todos os detalhes e busque identificar as contrapartidas. Lembre-se: sempre há um preço a pagar.

É importante diversificar

A diversificação é frequentemente apontada como o único “almoço grátis” no mundo dos investimentos, uma afirmação do Prêmio Nobel de Economia Harry Markowitz, responsável pela teoria moderna de construção de portfólios. Esse conceito fundamental se baseia no equilíbrio de riscos, permitindo que os investidores mitiguem perdas e aumentem a segurança de seus ativos.

Por exemplo, ao distribuir seu capital entre diferentes classes de ativos — como ações, títulos, imóveis e commodities — um investidor pode reduzir a volatilidade geral do portfólio. Isso acontece porque, em momentos de crise, nem todos os ativos tendem a se comportar da mesma forma. Enquanto algumas classes podem sofrer perdas, outras podem se valorizar ou se manter estáveis, equilibrando o impacto negativo.

Além disso, a diversificação não se limita apenas a diferentes tipos de ativos; ela também abrange a diversificação geográfica e setorial. Investir em empresas de diferentes setores da economia e em mercados internacionais pode proporcionar uma proteção adicional contra crises locais ou setoriais.

Assim, ao montar seu portfólio, é fundamental incorporar a diversificação como uma estratégia eficaz para otimizar retornos e reduzir riscos. Embora essa abordagem não elimine completamente os riscos, ela contribui para uma gestão mais eficiente deles, tornando-se uma prática essencial para todo investidor consciente.

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