Em uma carta enviada ao Comitê Judiciário da Câmara dos EUA na segunda-feira (26), Mark Zuckerberg, CEO da Meta (META; $M1TA34), expressou seu arrependimento por ceder às pressões do governo de Joe Biden para restringir o conteúdo nas plataformas da empresa durante a pandemia de covid-19.
Zuckerberg descreveu essa intervenção como “errada” e afirmou que a Meta está disposta a reverter essa postura caso a situação se repita. A carta foi uma resposta à investigação sobre a moderação de conteúdo em plataformas digitais.
“Em 2021, autoridades graduadas do governo Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram repetidamente nossas equipes durante meses para censurar certos conteúdos da Covid-19, incluindo humor e sátira, e expressaram muita frustração com nossas equipes quando não concordamos”, escreveu Zuckerberg na carta, que foi publicada pelo comitê judiciário em sua página no Facebook.
“Acredito que a pressão do governo estava errada e lamento que não tenhamos sido mais francos sobre isso”, escreveu Zuckerberg. “Sinto fortemente que não devemos comprometer nossos padrões de conteúdo devido à pressão de qualquer administração em qualquer direção – e estamos prontos para recuar se algo assim acontecer novamente.”
Filho de Biden e eleições presidenciais
A carta foi enviada a Jim Jordan, presidente republicano do comitê. Na publicação feita pelo comitê no Facebook, o documento foi descrito como uma “grande vitória para a liberdade de expressão” e afirmou ainda que Zuckerberg admitiu que o Facebook havia censurado os americanos.
O CEO da Meta também expressou arrependimento por ter restrito a disseminação de conteúdos relacionados à cobertura do New York Post sobre Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, antes das eleições de 2020. Ele destacou que, após o FBI ter alertado sobre uma possível operação de desinformação russa, a reportagem acabou não sendo comprovada como tal e, retrospectivamente, a decisão de rebaixá-la foi inadequada.
Na mesma carta, Zuckerberg afirmou que não fará contribuições para apoiar a infraestrutura eleitoral nas eleições presidenciais deste ano, para evitar influenciar o processo de votação de qualquer maneira. Em 2020, durante a pandemia, o bilionário havia doado US$ 400 milhões por meio da Chan Zuckerberg Initiative, sua organização filantrópica, para apoiar a infraestrutura eleitoral, o que gerou críticas e ações judiciais de grupos que consideraram a medida como partidária.
Comunicado da Casa Branca
A Casa Branca divulgou um comunicado em defesa da abordagem do governo em relação às informações sobre a Covid-19. Segundo o texto, “diante de uma pandemia mortal, este governo incentivou medidas responsáveis para proteger a saúde e a segurança pública“.
“Nossa posição tem sido clara e consistente: acreditamos que as empresas de tecnologia e outros atores privados devem levar em consideração os efeitos que suas ações têm sobre o povo americano, ao mesmo tempo em que fazem escolhas independentes sobre as informações que apresentam.”
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