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União Europeia aprova tarifas de 25% contra os EUA em retaliação às medidas de Trump 

União Europeia aprova tarifas de 25% contra os EUA em retaliação às medidas de Trump 

A União Europeia aprovou a primeira leva de tarifas contras os Estados Unidos, em resposta direta à imposição de tarifas de 25% pelo governo de Donald Trump sobre aço e alumínio europeus.

As medidas retaliatórias do bloco entram em vigor já a partir da próxima terça-feira (15) e atingem uma ampla gama de produtos norte-americanos. A movimentação dos europeus marca uma nova escalada nas tensões comerciais entre as duas potências econômicas.

A decisão foi aprovada por um comitê técnico formado por representantes dos 27 países-membros da UE, após semanas de consultas internas conduzidas pela Comissão Europeia, responsável pela política comercial do bloco. 

Segundo o órgão, as tarifas iniciais também serão de 25% e incidirão sobre itens que vão de motocicletas, aves, frutas e madeira até roupas e até mesmo fio dental — uma lista que movimentou cerca de 21 bilhões de euros em importações em 2024.

A UE considera as tarifas dos EUA injustificadas e prejudiciais, causando danos econômicos a ambas as partes, assim como à economia global”, afirmou a Comissão Europeia em comunicado oficial.

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A retaliação europeia será implementada em três etapas: além da primeira leva no dia 15 de abril, novas tarifas serão aplicadas em 16 de maio e 1º de dezembro, caso não haja avanço em um acordo entre os dois lados. 

As medidas poderão ser suspensas a qualquer momento, desde que Washington aceite negociar um pacto “justo e equilibrado”, segundo as autoridades europeias.

Tarifas de Trump contras principais potências do mundo

O confronto comercial se intensificou nas últimas semanas. No início de abril, Trump aumentou seu pacote tarifário ao estender taxas de 20% para quase todos os demais produtos importados da UE, sob o argumento de que o bloco impõe barreiras comerciais injustas contra os Estados Unidos. 

Além disso, o governo norte-americano aplicou tarifas extraordinárias de até 104% sobre produtos chineses, provocando reações imediatas também de Pequim, que respondeu aumentando tarifas para 84% sobre produtos americanos.

Dentro da Europa, a movimentação não foi unânime. França e Itália pressionaram por ajustes na lista de produtos tarifados, após ameaças de Trump de impor tarifas de até 200% sobre vinhos e bebidas alcoólicas europeias. Com isso, a Comissão Europeia optou por remover esses itens da versão final da lista para evitar novas fricções no setor.

Prejuízo trilionário

As tarifas impostas pelos EUA sobre a UE afetam cerca de 380 bilhões de euros em exportações europeias para o mercado americano, segundo dados apresentados pelo comissário europeu para comércio e segurança econômica, Maros Sefcovic. 

Ele estima que as novas medidas resultem em uma cobrança adicional de mais de 80 bilhões de euros em tarifas por parte dos EUA — um salto expressivo frente aos 7 bilhões de euros arrecadados atualmente.

Estamos prontos para reagir”, afirmou Sefcovic na segunda-feira. “Mas também reiteramos que ainda não é tarde para resolver essas divergências por meio do diálogo.

No entanto, a escalada das tensões comerciais está alimentando o temor de uma guerra tarifária. As medidas dos EUA já provocaram turbulências nos mercados do mundo inteiro e eliminaram trilhões de dólares em valor de mercado em bolsas ao redor do mundo. 

Investidores avaliam que o aumento de barreiras comerciais pode prejudicar cadeias globais de produção e frear a recuperação econômica pós-pandemia.

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Negociação ainda é possível

Apesar da postura mais firme adotada pelos europeus, o bloco ainda mantém a porta aberta para um acordo diplomático com os EUA. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a prioridade da UE continua sendo a busca por uma solução negociada, mas ressaltou que o bloco não hesitará em proteger seus interesses caso Washington mantenha a postura agressiva.

Ainda há tempo para abordar essas preocupações por meio de negociações”, disse von der Leyen. “Mas estamos preparados para agir sempre que necessário.

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