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Taxação dos super-ricos e isenção de IR: as possíveis “surpresas” do pacote de Haddad

Taxação dos super-ricos e isenção de IR: as possíveis “surpresas” do pacote de Haddad

Segundo as notícias que circulam no mercado e na imprensa, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve surpreender ao incluir no aguardado pacote fiscal a criação de uma taxação mínima para os super-ricos e a prometida isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O anúncio oficial será feito nesta quarta-feira (27), às 20h30, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a expectativas acirradas do mercado financeiro e da sociedade.

Pacote fiscal e taxação dos super-ricos

A proposta de taxação dos super-ricos, uma medida defendida por setores progressistas, pode redefinir a tributação no Brasil. Atualmente, indivíduos com ganhos superiores a R$ 1 milhão anuais têm grande parte de sua renda isenta de impostos, como ocorre com lucros e dividendos. Essa situação cria uma alíquota efetiva muitas vezes inferior a 2%. O novo modelo busca implementar uma taxa mínima entre 12% e 15% para rendas elevadas.

A equipe econômica considera, inclusive, uma aplicação mais ampla, tributando rendas menores que R$ 1 milhão. Essa estratégia abriria espaço para o Congresso Nacional ajustar os limites sem diluir o impacto financeiro da medida. A expectativa é que a arrecadação ajudará a compensar a isenção do IR para rendas até R$ 5 mil mensais, um dos pilares da campanha de Lula.

Isenção do IR: promessa de campanha no centro do debate

A isenção do IR para rendimentos mensais de até R$ 5 mil é uma medida aguardada, mas que levanta preocupações. Embora beneficie milhões de brasileiros e alivie a carga tributária da classe média, analistas apontam para os desafios de implementar tal medida em um cenário de ajuste fiscal. Felipe Reis, da EQI Research, avalia que a isenção pode comprometer a confiança do mercado financeiro, que já questiona a capacidade do governo de conter a trajetória da dívida pública.

Corte de gastos: ajustes sem retirada de direitos

O pacote do corte de gastos, que promete alcançar R$ 70 bilhões, será essencial para cumprir as metas fiscais do novo arcabouço fiscal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, garantiu que os ajustes não afetarão direitos da população. Contudo, a expectativa é de resistências, especialmente em temas sensíveis como benefícios militares e ajustes no salário mínimo.

O presidente Lula reuniu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir os detalhes do pacote antes da apresentação oficial. Deputados da base aliada também serão informados sobre o conteúdo, em uma tentativa de alinhar apoio antes do debate no Congresso.

Impactos no mercado e na política

A demora no anúncio e os rumores sobre a inclusão de medidas polêmicas, como a taxação dos super-ricos e a isenção de IR, já afetaram o humor do mercado. Investidores aguardam com cautela o detalhamento das medidas para avaliar seu impacto na sustentabilidade das contas públicas.

Além disso, o governo enfrenta a pressão de uma PEC alternativa, liderada por parlamentares como Pedro Paulo (PSD-RJ) e Kim Kataguiri (União-SP), que pode complicar a tramitação das propostas.

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