O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil pode não ser apresentada ainda este ano. Segundo ele, a prioridade do governo no momento é a revisão de gastos públicos, o que pode postergar a entrega da proposta.
“Não sei se será possível fazer este ano, pois estamos com calendário apertado e temos tarefas inconclusas, como a agenda com o Ministério do Planejamento, que é a revisão de gastos”, declarou o ministro.
Ele acrescentou que sua equipe está levantando todas as alternativas técnicas possíveis para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, analisando as rubricas orçamentárias, classes favorecidas e questões envolvendo tributação de dividendos de pessoas físicas e jurídicas.
O ministro também enfatizou que a meta do governo é equilibrar a isenção do Imposto de Renda com boas práticas internacionais, sem prejudicar investimentos ou promover injustiças. A isenção para quem ganha até R$ 5 mil é uma das promessas de campanha do presidente Lula, mas a sua implementação depende de um ajuste nas prioridades do governo.
Fernando Haddad: Revisão do PIB
Durante o evento, Haddad também comentou sobre a possível revisão, pela segunda vez este ano, da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024.
“Talvez a gente tenha que rever o PIB deste ano mais uma vez”, afirmou o ministro. Apesar disso, ele destacou que o Brasil não deve crescer abaixo da média mundial em 2024 e reforçou a possibilidade de manter um crescimento médio de 2,5% no longo prazo sem riscos de desequilíbrios importantes.
“Do meu ponto de vista, não há razão para não mirar uma taxa de crescimento equivalente à média mundial. O Brasil ficou muito abaixo dessa média por anos, mas acredito que podemos alcançar uma taxa acima de 2,5% sem grandes riscos”, explicou.
Outro ponto destacado por Haddad foi o controle da inflação, que, segundo ele, deve permanecer dentro da banda de tolerância da meta estabelecida para este ano, mesmo com os choques de oferta que impactaram a produção de alimentos e energia elétrica devido à seca e aos desastres no Rio Grande do Sul.
“Mesmo com esses choques, estamos discutindo se a inflação vai ficar dentro do teto da banda ou não. Temos alguma perspectiva de uma inflação menor que a do ano passado”, concluiu o ministro.
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