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Tarifa para o Brasil será anunciada até amanhã, diz Trump

Tarifa para o Brasil será anunciada até amanhã, diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que uma tarifa para o Brasil será oficialmente divulgada até esta quinta-feira (10). A afirmação veio acompanhada de críticas diretas ao país: “O Brasil não tem sido bom conosco, nada bom”, disse Trump em um evento com líderes africanos na Casa Branca.

A declaração reforça a nova estratégia tarifária do republicano, que visa pressionar países a aceitarem acordos comerciais mais favoráveis aos EUA — e coloca o Brasil diretamente na linha de frente.

A medida é parte de uma segunda rodada de notificações tarifárias enviadas por Trump, que já atingiram países como Argélia, Filipinas e Líbia. As tarifas propostas variam entre 25% e 40% sobre produtos importados, com início de cobrança previsto para 1º de agosto de 2025. No caso do Brasil, os percentuais exatos ainda não foram divulgados, mas o anúncio é esperado em poucas horas.

Motivações e histórico de atritos

Trump justificou o novo pacote de tarifas dizendo que se baseia em “fatos muito, muito substanciais” e em um “histórico anterior”. Apesar de não detalhar quais fatos embasam a ação contra o Brasil, a retórica agressiva reacende tensões comerciais antigas entre os dois países — tensões que se agravaram durante o primeiro mandato do republicano e que agora retornam com força em sua tentativa de reeleição.

O republicano também afirmou que as tarifas fazem parte de um esforço para garantir reciprocidade nos acordos comerciais: “Se eles quiserem jogar esse jogo, tudo bem, mas eu também sei jogar”.

Brics sob fogo cruzado

Além do Brasil, todos os países do Brics — grupo que inclui Rússia, China, Índia, África do Sul, entre outros — estão sob ameaça direta. Trump anunciou que todos os membros do bloco receberão uma tarifa extra de 10% “muito em breve”, sob a acusação de tentar minar o dólar como moeda padrão global.

“O que eles estão tentando fazer é destruir o dólar para que outro país assuma a posição e torne sua moeda o novo padrão”, disse Trump. “Perder o padrão mundial do dólar seria como perder uma grande guerra mundial.”

A resposta veio rapidamente do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva: “Não aceitamos intromissão de quem quer que seja. Nós defendemos o multilateralismo.”

Pressão por acordos e retomada tarifária

A ofensiva de Trump tem um objetivo estratégico: acelerar a assinatura de novos acordos comerciais em termos mais vantajosos para os EUA. Até agora, apenas três países firmaram entendimentos preliminares. Os demais, como o Brasil, são alvo de pressão direta — com cartas formais sendo enviadas e publicações nas redes sociais do ex-presidente americano, incluindo seu perfil na Truth Social.

Na última segunda-feira, Trump também assinou um decreto confirmando que as tarifas recíprocas entrarão em vigor no dia 1º de agosto de 2025, sem possibilidade de prorrogação. “Todo o dinheiro será devido e pagável a partir de 1º de agosto de 2025 – nenhuma prorrogação será concedida”, declarou.

Impacto global e expectativa para o Brasil

A expectativa em Brasília é de tensão e cautela. O anúncio de uma tarifa específica contra o Brasil pode afetar exportações de commodities agrícolas, aço e outros produtos estratégicos. Especialistas apontam que a retórica eleitoral de Trump mistura diplomacia com campanha, mas os efeitos comerciais serão reais.

Com a tarifa para o Brasil prestes a ser formalizada, o país entra em um novo capítulo de sua relação comercial com os EUA — marcado por confrontos, negociações duras e riscos calculados de ambos os lados.

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