Nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, estados específicos ganham destaque devido ao papel decisivo que exercem na corrida à Casa Branca. Em 2024, com a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump disputando o poder, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin emergem como determinantes. Conhecidos como estados-pêndulo, ou “swing states”, eles representam territórios sem uma clara preferência partidária, onde os eleitores oscilaram de um partido para outro nas últimas eleições, moldando o cenário eleitoral de forma significativa.
Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, historicamente democratas, passaram por uma transformação ao apoiar Donald Trump em 2016. Isso marcou o fim da chamada “Muralha Azul”, um bloco de estados que, por duas décadas, garantiu vitórias aos democratas. A mensagem de Trump, voltada para uma parcela significativa de eleitores afetados pelo declínio industrial e pelas dificuldades no mercado de trabalho, ressoou especialmente entre os trabalhadores do chamado Cinturão da Ferrugem — região que, até o século XX, foi altamente industrializada, mas sofreu com o fechamento de fábricas e a perda de empregos.
Em 2020, com o candidato democrata Joe Biden, a preferência desses eleitores mudou novamente, demonstrando a natureza volátil desses estados. Biden, com um perfil moderado e uma mensagem centrada em direitos trabalhistas, conseguiu reconquistar o apoio da região, obtendo 303 votos no Colégio Eleitoral. Entretanto, essa vitória não consolidou uma preferência duradoura, e os eleitores desses estados continuam a oscilar, o que fortalece o status desses estados como peças centrais na disputa.
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Swing states: Pensilvania desponta como prioridade
A Pensilvânia, em especial, desponta como uma das prioridades tanto para os democratas quanto para os republicanos, com um investimento maciço em publicidade e visitas dos candidatos, segundo dados do AdImpact, que monitora o gasto em propagandas eleitorais. As campanhas dos dois partidos têm se concentrado em cidades de grande porte e nos centros industriais da Pensilvânia, buscando atrair os eleitores de áreas urbanas e rurais que, por suas particularidades, refletem a diversidade e a polarização política do eleitorado americano.
Neste contexto, a possível vitória de Trump é observada com interesse. Sob uma administração republicana, é esperado um aumento de gastos públicos, políticas tarifárias mais rígidas e a redução de regulamentações e imigração. Para o mercado, isso sugere um cenário de fortalecimento do dólar e altas nos juros de longo prazo, que podem impulsionar o desempenho da bolsa americana. Essas projeções indicam uma política econômica que privilegia os interesses de setores mais tradicionais e conservadores, buscando promover uma economia industrializada e autossuficiente.
Por outro lado, o Partido Democrata enfrenta o desafio de convencer eleitores em estados onde a economia foi duramente impactada pela globalização e onde o sentimento de frustração e estagnação persiste. A mensagem de Kamala Harris, para esses eleitores, precisa equilibrar os interesses do eleitorado urbano progressista com as demandas das comunidades rurais e industriais que buscam proteção econômica.
As campanhas de Harris e Trump refletem duas visões opostas: enquanto Harris representa a continuidade de uma política de inclusão social e defesa das minorias, Trump ressurge com a promessa de recuperar o sonho americano, revigorar a economia e reafirmar o papel dos EUA no cenário internacional. Este embate entre diferentes valores e propostas econômicas torna Michigan, Pensilvânia e Wisconsin os focos de uma disputa que vai muito além das urnas e encapsula o desafio de unir um país politicamente dividido.
Diante disso, as próximas semanas serão decisivas. A tensão entre as promessas de mudança e estabilidade, e entre os desejos de uma política mais progressista ou conservadora, será determinante para os eleitores desses estados.
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