Com os Estados Unidos vendo sua economia definhar por conta de inflação, elevação do número de homeless (sem tetos) e crise de saúde pública devido aos usuários de drogas que se multiplicam pelas ruas das principais cidades, os investidores se perguntam: quem é a próxima superpotência.
Seu principal oponente, a China, parece estar “perdendo a mão” da economia, com os indicadores retraindo e centenas de “cérebros” deixando o país rumo à Cingapura, em busca de mais liberdade e possibilidade de atuar em corporações de outras partes do mundo.
Este panorama coloca em xeque a capacidade destas nações se perpetuarem como potências internacionais por muito mais tempo, e os analistas procuram, entre gráficos, mapas e indicadores comerciais, quem poderia emergir e tomar a dianteira nesta corrida ao topo do mundo.
A próxima superpotência
O CEO da Eurasia Group, Ian Bremmer, diz acreditar que a terceira ordem mundial será digital. O executivo é cientista político. Para ele, que é cidadão estadunidense, “essa nova ordem não será gerenciada por governos ou governantes, mas sim por empresas de tecnologia”, destacou.
Bremmer participou do TED Talk recentemente, e ressaltou, a título de exemplo, que foram as empresas de tecnologia as responsáveis pela proteção ucraniana contra os ciberataques.
Vale lembrar que o país governado por Vladimir Putin invadiu o país vizinho em março de 2021, e a guerra no Leste Europeu perdura até hoje.
“São essas empresas de tecnologia que possibilitaram que os líderes da Ucrânia falassem com seus generais e soldados na linha de frente da guerra. Se não fosse por essas empresas, a Ucrânia teria ficado offline logo nas primeiras semanas da guerra”, ressaltou.
E disse, ainda, que Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, não estaria no cargo se não fosse pelos aparatos tecnológicos.
Plataformas e redes
Outro ponto elencado pelo cientista político tem a ver com as fake news. Segundo ele, essas plataformas de redes sociais podem e promovem a desinformação e teorias da conspiração. Sem elas, explica, o episódio no Capitólio, em Washington, no dia 6 de janeiro, não teria existido. Assim como o 8 de janeiro no Brasil.
Na opinião de Bremmer, episódios como esse representam como as empresas de tecnologia têm conseguido determinar as identidades das pessoas. “Antigamente, nossa identidade era determinada ou biologicamente, ou pelo nosso crescimento. Hoje, o algoritmo interfere nesse processo”.
Guerra fria tecnológica
Caso os prognósticos de Bremmer se confirmem, é importante pensar na possibilidade, inclusive, de uma nova guerra fria.
Para ele, se isto ocorresse, seria entre EUA e China, os únicos países que têm força econômica para se “degladiarem” no ambiente digital. “Mas somente se as big techs destes países se unissem a seus governos”, declarou.
Entretanto, vale considerar que, na prática, as corporações reunidas têm calibre para fazer frente aos próprios governos, pois suas receitas são imensas e seus recursos quase infinitos.
Ainda refletindo sobre essa tese, o cientista disse que se esse cenário não se tornar realidade, e as empresas de tecnologia persistirem em um modelo de comércio global, a nova ordem global digital será instaurada.
- METAVERSO ATRAIA EMPRESAS CRIATIVAS; INVISTA
- ETFs DE METAVERSO ESTÃO SE POPULARIZANDO
- METAVERSO: ENTENDA O QUE É E COMO INVESTIR
A consultoria e o peso das análises de Bremmer
A Eurasia Group é uma empresa de consultoria e pesquisa de risco político fundada em 1998 por Ian Bremmer, com escritórios em Nova York, Washington, DC, Londres, Tóquio, São Paulo, São Francisco, Brasília e Singapura.
A firma foi criada para esclarecer o papel e o peso da política sobre os negócios. Ela é considerada a maior consultoria de risco político do mundo, e desenvolve métricas e pesquisas para analisar riscos políticos, oportunidades e tendências para os mercados pelo mundo.
- SE VOCÊ SE INTERESSA SOBRE A NOVA SUPERPOTÊNCIA, POSSIVELMENTE TEM PREDILEÇÃO POR EMPRESAS DE TECNOLOGIA; INVISTA BEM