O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desembarcou na Coreia do Norte pela primeira vez em 24 anos. A visita do líder era amplamente esperada no país, sobretudo após o apoio de Kim Jong-un à Moscou na guerra contra a Ucrânia.
O retrato de Putin foi visto em quase toda Pyongyang. Dezenas de carros e motocicletas estavam na comitiva, com seguranças enfileirados na rota dos dois presidentes.
Em setembro, Kim Jong-un esteve na Rússia, o que foi seguido de um crescimento maciço nas transferências de armas ao país europeu.
Putin e Kim devem manter conversas bilaterais para assinar acordos, inclusive sobre segurança e cooperação econômica. O presidente russo também sinalizou a possibilidade de uma “parceria estratégica abrangente”. O objetivo da visita, conforme apontado por ambos, é expandir as transações que beneficiem ambas as nações.
A agência de notícias Interfax informou que Kim e Putin devem fazer declarações à imprensa. Putin viajará ao Vietnã na noite desta quarta-feira (19), depois de encerrar as conversas na Coreia do Norte, segundo o Kremlin.
Putin na Coreia do Norte: aliança aumenta receio dos EUA
Os Estados Unidos e seus aliados provavelmente focarão na cooperação militar entre os dois líderes, após a Rússia anunciar que um novo acordo de parceria estratégica substituirá os firmados em 1961. Na época, a União Soviética era o principal apoiador da Coreia do Norte.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que a Rússia está tentando “desesperadamente desenvolver e fortalecer as relações com países que possam lhe fornecer o que precisa para continuar a guerra que iniciou contra a Ucrânia”. Além disso, a Coreia do Norte forneceu a Moscou “munições significativas” e outras armas para uso na Ucrânia, segundo ele.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, ao lado de Blinken, expressou preocupação com um possível apoio russo aos programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
O que está em jogo
A Coreia do Norte é dona de alguns dos grandes estoques de artilharia e armas compatíveis com sistemas da era soviética usados na Ucrânia. A Rússia e a Coreia do Norte negam transferências de armas.
Desde a queda da União Soviética e a ascensão da China como potência econômica, Pequim tem sido o principal benfeitor de Pyongyang.
Pyongyang tem um trunfo em sobre Moscou, de maneira que pode disponibilizar milhões de munições para o uso contra a Ucrânia.
Desde que invadiu a Ucrânia em 2022, as prioridades Rússia mudaram, além de sua credibilidade. O seu isolamento do Ocidente tornou-se significativo ao mesmo tempo que acelerou a sua inclinação ao Oriente. Moscou procura aliados e clientes para o seu petróleo e mercadorias.
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