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EUA e aliados prometem tanques à Ucrânia e aumentam tensão com Rússia

EUA e aliados prometem tanques à Ucrânia e aumentam tensão com Rússia

Os EUA e alguns de seus aliados europeus, como Reino Unido e Alemanha, prometeram tanques à Ucrânia e, com isso, aumentaram a tensão com a Rússia.

Acontece que o conflito Rússia-Ucrânia iniciou em 20 de fevereiro de 2022 e, portanto, deve completar um ano daqui três semanas sem qualquer sinal de arrefecimento.

A medida tem por objetivo municiar belicamente o governo de Volodymyr Zelensky com equipamento muito superior ao do seu vizinho-inimigo.

Os dois países em guerra se utilizam de máquinas e equipamentos sucateados, algo que do lado da Rússia, nem mesmo o Ocidente imaginava o quanto o país estava ultrapassado militarmente.

A falta de armas e homens obrigou o presidente Vladimir Putin a convocar reservistas utilizando a mídia estatal como propaganda.

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Também porque o Kremlin não esperava tanta resistência por pare dos ucranianos que, para defenderem suas casas e propriedades, se armaram sem a necessidade de uma convocação, embora no meio do conflito o país também tenha chamado seus reservistas.

Tanques à Ucrânia:

  • ao todo, serão 60 tanques enviados e estes podem encerrar o conflito ou escalonar a guerra;
  • Zelensky vinha há meses pedindo 300 tanques de batalha de última geração;
  • Reino Unido vai enviar o tanque Challenger II;
  • Alemanha vai enviar 14 blindados do modelo Leopard II, e dará treinamento;
  • Polônia, Finlândia, Lituânia e outras nações do Báltico aguardavam autorização da Alemanha para enviar também;
  • EUA prometeu 31 Tanques M1 Abrams, descrito por Biden como os mais capazes do mundo.

Levantamento do governo norte-americano aponta que ambos os países já perderam 100 mil soldados no conflito. Rússia e Ucrânia não confirmam e nem negam. O Tio Sam também destaca que outros 100 mil civis ucranianos morreram nos bombardeios e incursões.  

Já o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados informa que 14 milhões é o número aproximado de pessoas que tiveram de fugir devido à invasão russa da Ucrânia. Trata-se do maior e mais rápido deslocamento das últimas décadas.

Imagem mostra o tanque M1 Abrams, dos EUA.

Tanques à Ucrânia: saída à brasileira

Desde o início do conflito o Brasil tem sido “intimado” a se posicionar, mas tem conseguido manter-se fora do conflito. O país, hoje governado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, busca a neutralidade por ter na Rússia um de seus principais parceiros comerciais.

E não apenas isso, mas também porque não tem tradição de se envolver em questões de crise geopolítica, sendo um dos últimos países a entrarem na segunda guerra mundial, quando enviou os pracinhas para a Itália, para combater os nazistas, em 1943.

Recentemente o chanceler alemão, Olaf Scholz, solicitou que o Brasil apoiasse o bloco europeu no conflito, aderindo à Ucrânia. Mais uma vez o presidente Lula conseguiu manter o país fora do conflito.

Porém, segundo a imprensa internacional, Lula se comprometeu com o presidente francês Emmanuel Macron a buscar o diálogo com os países do Leste para, assim, tentar dissuadi-los da guerra.

Isso porque o bloco europeu compreende que o Brasil, bem como o atual presidente, é um dos homens que têm acesso a boa parte dos líderes mundiais, de democratas a ditadores, sem que haja qualquer indisposição para com ele. Esse é um trunfo que o Ocidente tenta usar.

Seu antecessor, o presidente Jair Bolsonaro, também se manteve fora do conflito, embora tenha esboçado alguma simpatia pela Rússia, à época. A razão seria a mesma: manter as relações comerciais intactas.

Alemanha perdendo a paciência

Em relação aos países do bloco europeu, a Alemanha parece estar perdendo a paciência. O país de Scholz vai enviar tanques à Ucrânia e também permitiu que países do Leste fizesse o mesmo.

Acontece que para estes países do Leste fazerem esse movimento, dependiam de uma licença por parte da Alemanha, já que se trata de relação comercial, com produtos e serviços originários da Alemanha.

E a razão pela qual o governo de Scholz resistia em avançar com isso diz respeito a uma dívida do país com a própria Rússia. Isso porque muitos russos morreram quando o exército nazista acessou as fronteiras geladas do Kremlin também na segunda guerra mundial.

Inclusive, por conta do nazismo a Alemanha abriu mão de ter um exército, anos depois que o movimento foi contido. Também indenizou alguns países grandemente afetados pela incursão nazista e com outros manteve uma dívida de gratidão.

Agora, essa decisão parece ter voltado à mesa e internamente a Alemanha já debate a formação de um novo exército, principalmente porque a tensão na Região está aumentando. E fora dela também, com a Ásia dando demonstrações de poderio militar, com China e Taiwan em um conflito político.

Rússia não recua

A Rússia, por sua vez, promete caçar os tanques enviados à Ucrânia e explodi-los antes que o escasso exército ucraniano possa montar posição.  

Para piorar, o Kremlin já declarou que o envio de tanques e armas à Ucrânia será tido como a entrada dos países envolvidos na guerra, o que pode estender o conflito para outras localidades da Europa.

De certa maneira, há um temor por parte do Ocidente de que a Rússia utilize armas de destruição em massa ou até mesmo uma bomba nuclear. Uma guerra biológica também não está descartada, embora esta opção seja vetada pelas convenções internacionais. Ainda assim, em um contexto desse, o que menos importa para Putin são convenções internacionais.

Além disso, no Leste Europeu está muito forte a informação de que o líder russo sofre com alguma doença terminal e esse movimento bélico foi a forma que ele considerou de cravar seu nome na história como um dos últimos conquistadores russos. O Kremlin, por sua vez, não confirma esta informação. Ela partiu de governadores russos que se opõem à guerra.

EUA

Ao anunciar o envio de tanques e armas para a Ucrânia, o presidente dos EUA fez uma escolha minuciosa nas palavras que levou para a tribuna da Casa Branca.

Todo o cuidado foi para se certificar de que o movimento não transmitisse a ideia de que o país ou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estivessem entrando na guerra efetivamente.