O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil recuperou força no início desde ano, com crescimento de 50,5 em dezembro para 53,1 pontos em janeiro. As informações do PMI de serviços do Brasil foram divulgadas nesta segunda-feira (5) pela S&P Global.
O PMI de serviços do Brasil em janeiro foi o mais alto desde junho de 2023. O crescimento da atividade recuperou a força no início de 2024, estimulado por uma sólida expansão de novos pedidos, que foi a mais acelerada desde junho passado.
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As condições favoráveis de demanda e o otimismo em relação às perspectivas para o próximo ano para a atividade de negócios também impulsionaram a criação de empregos, segundo a S&P Global.

O aumento dos preços de alimentos, combustíveis e serviços públicos (eletricidade, internet e água) contribuiu para um aumento mais acelerado dos encargos gerais. Apesar da aceleração desde dezembro, a taxa de inflação foi uma das mais fracas registradas em cerca de três anos e meio.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação, subiu 0,56% em dezembro, de 0,28% em novembro, e expectativa de alta menor, de 0,49%.
Além disso, as empresas observaram coletivamente um aumento sólido nas entradas de novos negócios, que foi o mais rápido em sete meses. De acordo com os participantes da pesquisa do PMI de serviços do Brasil, um investimento maior dos clientes, a força da demanda e a aprovação de cotações estimularam o crescimento.
“A atividade econômica agregada se expandiu ao ritmo mais acelerado em 15 meses, e acima da tendência para a série“, comenta Pollyanna De Lima, Diretora Associada Econômica da S&P Global. “As empresas de serviços sentiram o aumento mais acentuado no volume de novos pedidos em sete meses, e os produtores de bens viram suas carteiras de pedidos se expandirem pela maior extensão em mais de um ano e meio. Os entrevistados da pesquisa citaram frequentemente uma melhoria no investimento dos clientes, a aprovação de cotações pendentes e condições de demanda mais favoráveis.”
Segundo a diretora da pesquisa, oinvestimento industrial e as expectativas de melhores condições econômicas, junto com o aumento da base de clientes e a queda das taxas de juros, encorajaram as previsões positivas em relação às perspectivas de crescimento entre as empresas do setor privado no Brasil. “Particularmente, os produtores de bens se mostraram ao nível mais otimista em mais de três anos.“