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PMI Industrial dos EUA registra queda nas exportações

PMI Industrial dos EUA registra queda nas exportações

O PMI Industrial dos EUA, índice que mede a atividade do setor da indústria, registrou crescimento em junho, atingindo 52,9 pontos, o maior nível desde maio de 2022. A marca indica uma expansão sólida, com aumento na produção e nas novas encomendas pelo sexto mês consecutivo. No entanto, esse cenário positivo contrasta com o desempenho das exportações, que seguem em ritmo modesto.

O avanço do setor foi impulsionado principalmente pela demanda interna e por estratégias de marketing bem-sucedidas, segundo os fabricantes. Já no mercado externo, as novas encomendas cresceram, mas de forma limitada. As tarifas continuam a afetar a competitividade dos produtos americanos, reduzindo o ímpeto das exportações, um dos componentes que sustentam o PMI Industrial dos EUA.

Tarifas alimentam inflação e encarecem a produção

As tarifas também pesaram fortemente sobre os custos de produção. Em junho, os fabricantes relataram a maior alta nos preços de insumos em quase três anos, especialmente em matérias-primas como o aço. Isso levou muitas empresas a ampliar suas compras e formar estoques preventivos, como forma de se proteger contra possíveis aumentos futuros.

Esse movimento de antecipação, embora positivo no curto prazo para o volume de produção, pode se tornar um fator de desaceleração no segundo semestre, conforme alerta Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence: “Parte do crescimento atual se deve ao acúmulo de estoques em resposta a tarifas e incertezas no fornecimento. Isso pode resultar em um ritmo mais lento nos próximos meses.

Emprego em alta e confiança do setor melhora

Apesar das pressões de custo, o setor manufatureiro apresentou o maior crescimento no emprego desde setembro de 2022. A elevação na demanda e no volume de produção levou as empresas a contratar mais, mesmo com os desafios impostos pelas tarifas.

Além disso, o otimismo com relação ao futuro aumentou. Com a expectativa de uma economia mais estável e uma possível redução das incertezas comerciais, as indústrias sinalizaram maior confiança em relação aos próximos 12 meses. Para Williamson, esse sentimento marca uma virada em relação ao pessimismo observado no primeiro trimestre: “A confiança está em recuperação após o ponto mais baixo registrado em abril. As preocupações com tarifas ainda existem, mas são menos intensas do que há alguns meses.”

Perspectivas: crescimento desigual e atenção aos riscos

Enquanto o PMI Industrial dos EUA mostra fôlego renovado no setor da indústria, o desempenho desigual entre mercado interno e exportações revela um cenário complexo. O crescimento atual pode estar inflado por estoques que não se manterão, e os preços pressionados pelas tarifas ainda são um risco inflacionário.

A segunda metade de 2025 exigirá atenção redobrada às políticas comerciais e à resposta do mercado a esses fatores. O setor se mantém otimista, mas com os pés no chão diante de um ambiente global ainda instável.

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