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Incerteza com economia recua e volta à região favorável

Incerteza com economia recua e volta à região favorável

A incerteza com a economia no Brasil apresentou alívio significativo em junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 7,6 pontos no mês, atingindo 105,2 pontos — o menor nível desde outubro de 2024. Essa marca coloca o índice novamente na faixa considerada favorável, após meses de instabilidade provocados por fatores internos e externos.

Na média móvel trimestral, o recuo foi de 1,9 ponto, para 111,2 pontos. Embora o número ainda esteja acima de 100, sinaliza uma tendência positiva em relação à percepção dos agentes econômicos sobre o cenário futuro.

Trégua internacional e política monetária firme aliviam tensões

O principal motor dessa queda foi o componente de Mídia do indicador, que sozinho cedeu 8,5 pontos, contribuindo negativamente com 7,4 pontos no total do índice. A melhora reflete uma combinação de fatores externos e internos. A trégua parcial nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China reduziu os temores globais, enquanto o impacto dos conflitos no Oriente Médio, embora relevante, foi absorvido de maneira mais moderada pelos mercados.

No Brasil, a política monetária contracionista continua atuando para conter a inflação, que começa a mostrar sinais de desaceleração. A resiliência da atividade econômica tem sustentado as projeções de crescimento, mesmo em um ambiente de juros altos. Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, “essa é a primeira vez no ano que o IIE-Br cai abaixo de 110 pontos neste ano”, ainda que a manutenção dessa tendência dependa da estabilidade de fatores macroeconômicos e geopolíticos nos próximos meses.

Expectativas dos analistas seguem em queda

Outro destaque foi o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas projeções de analistas para variáveis como PIB, inflação e câmbio. Ele recuou 1,1 ponto, chegando a 86,6 pontos — o menor patamar desde janeiro de 2015. A queda indica que, apesar das incertezas ainda presentes, há maior convergência nas previsões de mercado, o que tende a reduzir a volatilidade.

O consenso entre os analistas em relação à manutenção da taxa Selic em nível elevado contribui para essa percepção. Embora o custo do crédito continue alto, o cenário de inflação mais controlada fortalece a expectativa de estabilidade, elemento-chave para o planejamento de empresas e investidores.