O PMI Composto dos EUA em agosto recuou para 54,6 pontos, abaixo do patamar de julho de 55,1, mas ainda indicando expansão da atividade econômica. O dado veio abaixo das projeções de 55,4.
O indicador de atividade econômica, calculado pela S&P Global, é formado a partir de respostas de mais de mil empresas dos setores de manufatura e serviços. Valores acima de 50 representam crescimento, enquanto leituras abaixo desse nível apontam contração.
Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, o resultado mostra que a economia norte-americana mantém fôlego positivo. O levantamento revelou que todos os sete setores monitorados apresentaram aumento de produção, algo que não ocorria desde fevereiro. Isso reflete uma retomada de segmentos que estavam em retração, como Materiais Básicos e Saúde.
Setor financeiro lidera expansão em agosto
Entre os setores, o destaque foi o financeiro, que registrou o avanço mais forte desde dezembro de 2024. O setor ultrapassou a tecnologia no ranking de crescimento, tornando-se o principal motor do PMI Composto dos EUA em agosto. Esse desempenho reflete tanto o aumento na demanda por serviços financeiros quanto a resiliência do sistema frente ao cenário de juros ainda elevados.
A tecnologia, embora continue em expansão robusta, perdeu intensidade em relação ao pico de julho, quando havia alcançado a maior taxa de crescimento dos últimos quatro anos. Mesmo com essa desaceleração, o setor segue em trajetória positiva e figura entre os mais fortes na recuperação econômica.
Retomada de saúde e materiais básicos
Outro ponto relevante do PMI dos EUA em agosto foi a volta ao crescimento dos setores de saúde e materiais básicos. O primeiro encerrou uma sequência de dois meses de queda, beneficiado pela demanda crescente em serviços hospitalares e farmacêuticos. Já Materiais Básicos apresentou o maior ritmo de alta em 14 meses, sinalizando recuperação da indústria ligada a insumos essenciais.
Essa retomada é particularmente significativa porque ambos os setores vinham sendo fatores de pressão negativa em meses anteriores. Agora, contribuem para o quadro de expansão generalizada, fortalecendo a visão de que a economia se mostra diversificada em sua recuperação.
Desempenho consistente em bens de consumo e industriais
Os setores de bens de consumo e industriais também mostraram resultados sólidos no PMI dos EUA em agosto. A produção de bens de consumo cresceu pelo quinto mês seguido, alcançando o ritmo mais forte desde abril de 2022. O setor industrial, por sua vez, manteve expansão próxima à registrada em julho, quando havia atingido o maior patamar em mais de três anos.
Esse desempenho evidencia não apenas resiliência da produção, mas também sinais de que a demanda interna continua sustentada, apesar das pressões de custo e das incertezas econômicas globais.
Serviços ao consumidor: crescimento mais lento
O único setor a destoar foi o de serviços ao consumidor, que apresentou a menor taxa de expansão entre os sete monitorados. Ainda assim, o resultado foi positivo, com o segmento crescendo pelo segundo mês consecutivo e no ritmo mais rápido desde abril. Vale notar que foi a primeira vez desde janeiro de 2022 que o setor ficou atrás de todos os demais no ranking de desempenho.
Embora em menor intensidade, esse crescimento reforça a leitura de que o mercado norte-americano está mais equilibrado, sem grandes sinais de retração.
Leia também: