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Lula ganha pontos após tarifas de Trump e interrompe queda na popularidade

Lula ganha pontos após tarifas de Trump e interrompe queda na popularidade

A pesquisa Quaest mais recente indica que Lula e a queda na popularidade deixaram de andar juntos — ao menos por enquanto. Depois de meses de retração nos índices de aprovação, o presidente Lula conseguiu frear a tendência negativa e obteve leve recuperação no apoio popular.

A aprovação do governo subiu de 40% para 43%, enquanto a desaprovação caiu de 57% para 53%. A diferença entre os dois indicadores, que chegou a 17 pontos em junho, caiu para 10, a menor desde janeiro.

Classe média e mais escolarizados puxam virada de Lula

Segundo a Quaest, os ganhos mais expressivos vieram de eleitores de classe média, com maior nível de escolaridade e residentes no Sudeste. Esses segmentos, mais informados e historicamente menos alinhados com Lula, reagiram positivamente às recentes medidas econômicas e políticas, em especial a taxação dos super-ricos e a postura firme contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

A avaliação positiva do governo subiu 12 pontos entre os que têm ensino superior completo, enquanto a desaprovação caiu 11 pontos. No Sudeste, a diferença entre aprovação e reprovação foi reduzida pela metade: de 32 para 16 pontos.

Mulheres e eleitores de centro demonstram mudança

O levantamento também revelou recuperação entre o público feminino. Em junho, as mulheres eram o grupo com maior desaprovação ao governo; agora, a avaliação se equilibrou dentro da margem de erro, com 49% desaprovando e 46% aprovando.

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Eleitores de centro político também demonstraram movimento semelhante, sinalizando que a nova agenda do governo consegue dialogar além da base petista tradicional.

Embate com Trump gera solidariedade interna

Outro fator decisivo foi o confronto com o presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Lula reagiu com firmeza, o que parece ter reverberado bem entre a população. Para 79% dos entrevistados, as tarifas prejudicarão suas vidas. Além disso, 72% acreditam que Trump está errado ao impor as medidas sob o argumento de perseguição a Jair Bolsonaro.

Taxação dos super-ricos agrada maioria

A agenda econômica de Lula, centrada na redistribuição tributária, também encontrou apoio. Segundo a pesquisa, 63% dos brasileiros defendem o aumento de impostos para os mais ricos, desde que isso resulte em redução da carga para os mais pobres.

Essa sinalização ajudou o governo a conectar-se com setores médios e menos ideológicos, como explica Felipe Nunes, diretor da Quaest: “Lula conseguiu pautar os segmentos mais informados com uma agenda que unificou a esquerda e dividiu a direita”.

Perspectivas de Lula seguem desafiadoras

Apesar da melhora, Lula ainda é mais desaprovado que aprovado. Além disso, indicadores econômicos continuam sendo um ponto de atenção: 46% acham que a economia piorou no último ano, e 43% acreditam que ela continuará piorando.

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