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Otan e Rússia: aumentam tensões diplomáticas; entenda as razões

Otan e Rússia: aumentam tensões diplomáticas; entenda as razões

Em uma reunião reservada realizada em Moscou, diplomatas britânicos, franceses e alemães transmitiram à Rússia que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está preparada para abater aeronaves que violem o espaço aéreo da aliança. As informações foram reveladas por fontes consultadas pela Bloomberg.

O encontro ocorreu dias após três caças MiG-31 russos terem sobrevoado a Estônia, país-membro da Otan. Segundo os enviados europeus, a ação não foi um incidente isolado, mas uma tática deliberada ordenada pelo comando militar russo.

Mais cedo, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) informou que os Estados Unidos enviaram caças para identificar e interceptar quatro aviões militares russos que voavam próximos ao Alasca, em área limítrofe à fronteira com o Canadá.

Segundo o comunicado, tratava-se de dois bombardeiros estratégicos Tu-95 escoltados por dois caças Su-35, que sobrevoavam a Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca. Embora o espaço aéreo seja internacional, a proximidade com o território americano levou à mobilização.

A operação envolveu uma aeronave de controle e alerta antecipado E-3, quatro caças F-16 e quatro aviões-tanque KC-135, que realizaram a “identificação e interceptação positiva” dos russos.

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Otan e Rússia: Moscou reage e cita Crimeia

Durante as negociações, um diplomata russo afirmou que as incursões foram uma resposta direta aos ataques ucranianos na Crimeia. O representante acrescentou que, na visão do Kremlin, tais ofensivas não seriam possíveis sem o suporte da Otan, o que reforça a percepção de que a Rússia já se vê em confronto não apenas com a Ucrânia, mas também com países europeus.

O episódio reforça a escalada de tensões entre Moscou e o Ocidente, em um contexto em que a Otan tem intensificado sua presença militar no Leste Europeu. A possibilidade de interceptação de caças russos marca um novo patamar de risco, sinalizando que a aliança não descarta medidas de força caso haja repetição de violações do espaço aéreo.

Para os europeus, o desafio é equilibrar a dissuasão militar com a busca por canais diplomáticos que evitem uma escalada maior no conflito. Já para a Rússia, o discurso reforça a narrativa de que o apoio ocidental a Kiev a transforma em parte direta da guerra.

Apesar do acirramento das tensões, o preço do petróleo não registra disparada. Por volta das 16 horas, o Brent é negociado a US$ 69,64, com variação positiva de 0,49%. Enquanto isso, o WTI, negociado nos Estados Unidos, tem elevação de 0,37%, sendo vendido a US$ 65,22.