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A carteira perfeita de FIIs existe?

A carteira perfeita de FIIs existe?

A busca por uma carteira perfeita de Fundos Imobiliários (FIIs) é uma das maiores obsessões entre investidores que desejam segurança, boa rentabilidade e, de preferência, nenhuma dor de cabeça.

A ideia de investir em ativos que paguem bons dividendos, tenham baixa volatilidade e valorizem de forma contínua é extremamente atraente. No entanto, essa combinação ideal é, na prática, uma ilusão, segundo Carolina Borges, Head e analista de fundos imobiliários da EQI Research.

A carteira perfeita de FIIs existe?

Ela explica que o investidor de FIIs precisa compreender que não existe um conjunto mágico de ativos que entregue rentabilidade alta, sem risco e com estabilidade total no valor das cotas. “A carteira perfeita, que une baixo risco, alta rentabilidade e estabilidade nas cotas, simplesmente não existe”, afirma.

Segundo Carolina Borges, o que realmente deve ser buscado é uma carteira de investimentos que apresente um bom retorno ajustado ao risco, ou seja, que leve em consideração a volatilidade natural dos ativos e ainda assim entregue ganhos consistentes no longo prazo.

“Nos fundos imobiliários, o nosso objetivo deve ser construir um portfólio que preserve o patrimônio, gere renda mensal e ainda tenha potencial de valorização ao longo do tempo”, explica a analista. Isso significa que as oscilações de preço das cotas — para cima ou para baixo — são normais e esperadas. O importante é analisar a performance da carteira em uma janela de tempo mais ampla, observando sua evolução ao longo dos anos.

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O que é uma carteira recomendada de FIIs?

Uma carteira recomendada de FIIs é uma seleção de fundos imobiliários feita por especialistas com base em análises técnicas e fundamentais, que busca equilibrar os principais objetivos do investidor: renda passiva, preservação de capital e diversificação de risco.

Esse tipo de carteira é geralmente atualizado mensalmente por casas de análise, como a EQI Research, e serve como um guia prático para ajudar o investidor a tomar decisões mais embasadas. Os fundos que compõem essa carteira são escolhidos com base em critérios como:

  • Qualidade e localização dos imóveis (nos FIIs de tijolo);
  • Capacidade de geração de renda dos ativos;
  • Gestão eficiente e transparente;
  • Liquidez no mercado secundário;
  • Perspectivas macroeconômicas, como juros e inflação.

É importante destacar que uma carteira recomendada não é uma promessa de retorno garantido, mas sim uma sugestão estruturada para investidores que desejam se expor ao mercado imobiliário com inteligência e estratégia.

Como funciona essa carteira na prática?

Na prática, o investidor pode usar a carteira recomendada como ponto de partida ou referência. Isso significa que ele pode replicá-la integralmente, adaptá-la ao seu perfil ou usá-la como base para estudos. O mais importante é que a composição seja diversificada, com exposição a diferentes segmentos, como lajes corporativas, logística, shoppings, fundos de papel (CRIs), híbridos, entre outros.

Além disso, é preciso ter em mente que cada ativo dentro da carteira cumpre um papel específico. Alguns fundos têm maior foco em renda mensal, enquanto outros oferecem maior potencial de ganho de capital. O segredo está no balanceamento adequado, respeitando o perfil e os objetivos de cada investidor.

O que mais considerar ao montar uma carteira de FIIs?

Ao construir sua própria carteira de fundos imobiliários, seja seguindo ou não uma recomendação profissional, o investidor deve considerar os seguintes pontos:

  1. Horizonte de investimento: FIIs são investimentos de longo prazo. Oscilações de curto prazo devem ser encaradas com naturalidade.
  2. Perfil de risco: É essencial entender sua tolerância ao risco. Fundos de papel, por exemplo, podem ter maior exposição à taxa de juros e à inflação.
  3. Liquidez: Nem todos os fundos possuem boa negociação diária. A liquidez pode impactar sua capacidade de vender cotas rapidamente.
  4. Distribuição de proventos: Avalie a consistência dos dividendos pagos pelos fundos, sem cair na armadilha de olhar apenas o “dividend yield” momentâneo.
  5. Gestão ativa ou passiva: Fundos com gestão ativa podem oferecer oportunidades de valorização, mas exigem maior análise de performance e estratégia.

Mais importante que a perfeição, é a coerência

Na visão de Carolina Borges, mais importante do que buscar a carteira perfeita é ter uma estratégia coerente, alinhada ao seu perfil e objetivos financeiros. “Aqui no Investidor Imobiliário, nosso foco é oferecer carteiras que conciliem preservação de patrimônio, renda recorrente e ganho de capital, sem abrir mão de bons dividendos mensais”, diz.

Portanto, a carteira perfeita pode não existir — pelo menos, não da forma como muitos imaginam. Mas uma carteira bem montada, diversificada, realista e acompanhada com disciplina pode, sim, entregar resultados sólidos e sustentáveis no longo prazo.