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Moody’s rebaixa nota de crédito dos EUA e projeta perspectiva estável

Moody’s rebaixa nota de crédito dos EUA e projeta perspectiva estável

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou nesta sexta-feira (16) a nota de crédito dos EUA – Estados Unidos, reduzindo o rating da maior economia do mundo de “AAA” para “AA1”. A perspectiva da nota também foi alterada, passando de “negativa” para “estável”.

O rebaixamento foi justificado pelo crescimento contínuo da dívida pública americana e pelo aumento dos custos com juros, que, segundo a Moody’s, estão em níveis “significativamente mais altos do que os observados em países com classificações similares”.

“Este rebaixamento de um nível na nossa escala de classificação reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, na dívida pública e nas taxas de pagamento de juros para níveis significativamente mais altos do que os de dívidas soberanas com classificação semelhante”, afirmou a Moody’s em comunicado oficial.

Em comunicado, a agência destacou ainda que “as sucessivas administrações e o Congresso dos EUA falharam em chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros”, apontando o impasse político como um fator de risco para a sustentabilidade fiscal do país.

Nota de crédito dos EUA afetada pelo cenário político

O cenário político interno reforça a avaliação negativa. Nesta sexta, os republicanos no Congresso rejeitaram uma proposta tributária apresentada pelo presidente Donald Trump, que tinha como objetivo equilibrar parte do orçamento federal. A proposta era considerada uma etapa fundamental para o avanço do plano econômico do governo.

O partido republicano enfrenta divisões internas: de um lado, a ala mais conservadora, que vê o projeto como uma oportunidade para impor cortes significativos de gastos públicos; do outro, parlamentares mais moderados, preocupados com os impactos eleitorais de reduzir recursos de programas sociais. A disputa ocorre em meio à preparação para as eleições legislativas de meio de mandato, em 2026, quando os republicanos buscarão manter sua estreita maioria na Câmara dos Representantes, hoje com 220 cadeiras contra 213 dos democratas.

Os reflexos imediatos da mudança foram sentidos no after-market. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu 3 pontos-base, para 4,48%. Já o ETF iShares 20+ Year Treasury Bond, que representa a dívida pública americana de longo prazo, recuou cerca de 1%. O SPDR S&P 500 ETF Trust, que acompanha o principal índice acionário dos EUA, caiu 0,4% nas negociações estendidas.