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Lula perde influência no exterior e é impopular no Brasil, aponta The Economist

Lula perde influência no exterior e é impopular no Brasil, aponta The Economist

O presidente Lula perde influência no exterior, segundo análise publicada pela revista britânica The Economist. O texto aponta que o brasileiro, que no passado era visto como uma figura diplomática de destaque no Sul Global, hoje enfrenta desconfiança por parte das principais potências ocidentais. Essa perda de prestígio internacional estaria relacionada às suas escolhas estratégicas no campo das relações exteriores.

A publicação destaca que, ao priorizar alianças com países como China, Rússia e Irã, o governo atual tem afastado o Brasil de seus tradicionais parceiros ocidentais o que faz Lula perder influência no exterior. Em vez de buscar equilíbrio entre interesses distintos, o presidente tem demonstrado preferência por regimes autoritários, o que compromete a imagem do país como um mediador confiável e independente em temas globais.

Política externa hostil ao Ocidente é criticada

Um dos pontos mais polêmicos apontados pela The Economist é a atuação do Ministério das Relações Exteriores brasileiro durante o recente conflito entre Israel e Irã. A nota oficial do Itamaraty, condenando os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, foi classificada pela revista como um gesto “agressivo” e desproporcional. Segundo a análise, esse tipo de posicionamento prejudica a neutralidade do Brasil e compromete sua credibilidade diplomática.

Além disso, a aproximação com o Irã deve se intensificar na próxima cúpula do BRICS, evento que, no passado, “originalmente, ser um membro ofereceu ao Brasil uma plataforma para exercer influência global. Agora, faz o Brasil parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”, aponta a matéria.

Distanciamento dos EUA e conflitos ideológicos na América do Sul

A reportagem também chama atenção para a ausência de iniciativas concretas de aproximação entre o governo Lula e os EUA, “nenhum esforço para estreitar laços com os Estados Unidos desde que Donald Trump assumiu o poder”, em janeiro de 2025. Segundo a The Economist, o presidente brasileiro não fez qualquer esforço relevante para manter relações institucionais com Washington, o que vai na contramão de interesses estratégicos e econômicos do país.

No plano regional, Lula também tem preferido se afastar de governos com os quais possui “divergências ideológicas”, como o da Argentina, atualmente liderada por Javier Milei. A falta de diálogo entre os dois países é vista como uma falha grave, pois enfraquece o papel do Brasil como liderança regional. A diplomacia, que exige pragmatismo mesmo diante de antagonismos políticos, tem sido substituída por posturas ideológicas inflexíveis.

Popularidade em queda e avanço da direita no Brasil

Internamente, a situação também não é favorável para Lula. A The Economist ressalta que o presidente enfrenta uma crescente impopularidade, devido ao avanço da direita e pela perda de apoio entre segmentos importantes da população, como os evangélicos. O crescimento desse grupo, somado à percepção negativa associada ao PT e aos escândalos de corrupção do passado, tem corroído a base de apoio do governo.

Além disso, a insatisfação com a condução da economia e a insegurança pública reforçam a rejeição popular. Para a revista, o ambiente político atual mostra um Brasil inclinado à direita, mais conservador, e menos tolerante com as narrativas e políticas progressistas defendidas por Lula.

A ascensão da direita e os riscos para 2026

A análise da The Economist conclui que, mesmo com o ex-presidente Jair Bolsonaro envolvido em investigações por tentativa de golpe e possibilidade de prisão, a direita brasileira segue forte e articulada. Seus representantes têm mantido relações próximas com figuras influentes da política norte-americana, como integrantes do movimento MAGA, ligado a Donald Trump.

Caso a direita consiga se unir em torno de um novo nome competitivo até 2026, existe uma chance concreta de retomada do poder. Lula, nesse cenário, não apenas enfrentará dificuldades para concluir seu mandato com estabilidade, mas corre o risco de encerrar seu governo isolado internacionalmente e sem apoio interno suficiente para sustentar sua agenda política.

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