Levantamento divulgado nesta quarta-feira (21) pela pesquisa Pulso Brasil, do Instituto Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), mostra que 54% dos brasileiros reprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 40% aprovam a atual gestão. Outros 6% não souberam ou preferiram não responder.
A sondagem foi realizada entre os dias 14 e 19 de maio de 2025, com entrevistas presenciais com 2.500 pessoas em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95,45%.
Os resultados indicam estabilidade em relação à pesquisa anterior, realizada em março. Na ocasião, a reprovação ao governo também era de 54%, enquanto a aprovação era de 41% e os indecisos somavam 5%.
Maior reprovação do governo Lula é no Sul
A maior taxa de reprovação está concentrada na Região Sul, onde 59% dos entrevistados se dizem insatisfeitos com o governo Lula. Em contrapartida, o Nordeste apresenta a maior taxa de aprovação: 49% avaliam positivamente a gestão petista.
O levantamento também investigou a percepção da população sobre a política econômica do governo. Para 57% dos brasileiros, a economia está no caminho certo. Outros 38% acreditam que o País segue em direção errada nesse aspecto.
Entre os temas políticos mais mencionados pelos entrevistados nas últimas semanas estão as denúncias de fraudes em benefícios do INSS, as viagens internacionais do presidente Lula, os acordos comerciais com a China e declarações da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre o uso do TikTok.
Lula tenta reverter rejeição com pacote de medidas
A pouco mais de um ano para as eleições, o presidente Lula busca reverter a rejeição com pacote de medidas de bondades. A primeira delas anunciada foi a ampliação da isenção na conta de luz para os brasileiros de baixa renda. A MP, que também promove uma reforma no setor elétrico, entra em vigor de forma imediata, mas ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal em até 120 dias para não perder a validade.
Segundo estimativas do governo, a iniciativa deve beneficiar cerca de 60 milhões de pessoas em todo o país. A expectativa é que os primeiros efeitos da nova política sejam percebidos pelos consumidores em até 45 dias.