O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, desacelerou para 0,19% em agosto, após o índice ter registrado 0,30% no mês anterior. A expectativa do mercado era uma variação de 0,20%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, levemente inferior aos 4,45% observados no período anterior. A projeção do mercado era de uma alta de 4,38%.
Em comparação com agosto de 2023, quando a taxa foi de 0,28%, o índice deste ano mostra uma desaceleração no ritmo de alta dos preços.
O grupo Transportes foi o principal responsável pela elevação, registrando uma variação de 0,83%, que impactou o índice geral em 0,17 ponto percentual.

IPCA-15: transportes, educação e habitação impulsionam alta
O aumento no grupo Transportes foi impulsionado principalmente pela alta nos preços dos combustíveis, que subiram 3,47% em agosto. A gasolina, item de maior peso, registrou alta de 3,33%, contribuindo com 0,17 ponto percentual para o índice geral.
Outros combustíveis, como o etanol (5,81%), o gás veicular (1,31%) e o óleo diesel (0,85%), também apresentaram aumentos.
Por outro lado, as passagens aéreas tiveram uma queda de 4,63%, reduzindo o impacto em 0,03 ponto percentual.
O grupo Educação também pressionou o índice, com alta de 0,75%, resultante do aumento de 0,77% nos cursos regulares, especialmente no ensino superior (1,13%) e no ensino fundamental (0,57%). Cursos diversos, como os de idiomas, tiveram uma variação de 0,96%.
Já no grupo Habitação, que registrou uma variação de 0,18%, o principal impacto veio do gás de botijão, com alta de 1,93%, influenciando o índice em 0,02 ponto percentual.
A taxa de água e esgoto subiu 0,13%, devido a reajustes tarifários em diferentes cidades, como Fortaleza (8,05%) e Salvador (5,81%). A energia elétrica residencial, que havia subido 1,20% em julho, recuou para -0,42% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.
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Alimentação e bebidas apresentam queda
O grupo Alimentação e Bebidas teve queda de 0,80% em agosto, acentuando a redução observada em julho (-0,70%).
A alimentação no domicílio recuou 1,30%, com destaque para a forte queda nos preços do tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). Em contrapartida, o café moído apresentou alta de 3,66%.
A alimentação fora do domicílio, por outro lado, acelerou para 0,49%, frente a 0,25% em julho, devido a aumentos nos preços do lanche (0,76%) e da refeição (0,37%).
Variações regionais
Entre as áreas pesquisadas, Recife registrou a maior variação, com alta de 0,50%, impulsionada principalmente pelo aumento de 6,01% nos preços da gasolina. Em contraste, Salvador foi a única área a registrar deflação (-0,11%), influenciada pela queda nos preços do tomate (-30,33%) e da cebola (-13,73%).
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