A inflação na zona do euro na comparação anual subiu para 2,6% em maio, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira (31). O mercado previa 2,5% em relação aos 2,4% registrados em abril. Na comparação mensal, a alta foi de 0,2%, dentro do esperado.
O núcleo da inflação, que exclui os efeitos voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco, subiu para 2,9%, comparado aos 2,7% de abril. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam uma leitura estável.
No entanto, a alta anual acima do esperado não alterou as apostas do mercado para um corte de juros do Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana.
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Inflação na zona do euro: corte de 25 pontos deve acontecer em 6 de junho
Os dados surgem em meio à expectativa de que o BCE reduza as taxas de juros em sua reunião de 6 de junho, a primeira redução desde 2019. O banco central dos 20 países da zona euro iniciou seu último ciclo de aumentos em julho de 2022, retirando as taxas do território negativo para os atuais 4%.
Qualquer desvio de um corte de 25 pontos-base na reunião de junho do BCE seria um grande choque para os mercados, após semanas de sinalizações das autoridades monetárias.
Embora a inflação geral tenha aumentado em maio, são esperadas flutuações na taxa nos próximos meses, devido aos efeitos de base do mercado de energia e ao desenrolar dos esquemas de apoio fiscal do governo em todo o bloco.
Inflação na zona do euro: setor de serviços pesa
No geral, a inflação caiu significativamente de um pico de 10,6% em outubro de 2022, mantendo-se abaixo de 3% nos últimos oito meses consecutivos.
No entanto, os membros do BCE podem focar mais na taxa de inflação dos serviços – um indicador-chave das pressões inflacionárias domésticas – que subiu de 3,7% para 4,1%.

A equipe do BCE também deve divulgar sua última rodada de projeções de inflação na zona do euro e crescimento na reunião da próxima semana, fornecendo mais pistas sobre o ritmo e o nível de cortes potenciais este ano.