A inflação da Argentina encerrou 2024 em 117,8%, marcando uma desaceleração significativa em relação ao índice de 211,4% registrado em 2023. O resultado, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta terça-feira (14), ficou 93,6 pontos percentuais abaixo do observado no ano anterior, contrariando as projeções de analistas.
Apesar da desaceleração anual, a inflação mensal em dezembro de 2024 foi de 2,7%, apresentando uma alta de 0,3 ponto percentual em relação a novembro, quando o índice ficou em 2,4%.
Os setores que registraram os maiores aumentos mensais foram moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (5,3%), comunicação (5,0%) e restaurantes e hotéis (4,6%). Já os setores com as menores variações foram equipamentos domésticos (0,9%), roupas e calçados (1,6%) e saúde (2,1%).
Inflação da Argentina: BC reduz juros
No contexto dessa desaceleração inflacionária, o Banco Central da República da Argentina (BCRA) reduziu a taxa básica de juros de 35% para 32% em 5 de dezembro. A decisão foi justificada pela “consolidação observada nas expectativas de baixa inflação”, conforme comunicado da autoridade monetária.
Alheio aos dados econômicos divulgados, o presidente argentino Javier Milei continua com alta popularidade. Isso porque os dados inflacionários caíram para menos de 300%, fazendo com que os argentinos se tornem mais otimistas com relação ao futuro.
Por outro lado, alguns economistas apontam que o peso está supervalorizado – o que é um risco, pois pode levar a uma desvalorização muito intensa e rápida, aprofundando a crise financeira.
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