O presidente argentino Javier Milei e seus aliados estão utilizando a vitória histórica do Botafogo na Copa Libertadores como argumento para promover as Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) na Argentina. O subsecretário de imprensa de Milei, Javier Lanari, provocou os críticos ao afirmar que foi um “péssimo dia para ser anti-SAF”, destacando como o Botafogo superou suas dificuldades financeiras após ser adquirido pelo empresário americano John Textor.
A proposta de Milei enfrenta forte resistência da AFA (Associação de Futebol Argentina) e da Conmebol, que argumentam que a obrigatoriedade de transformar clubes em SAFs fere direitos humanos e representa interferência estatal. Mesmo assim, o governo de Milei mantém sua defesa do modelo, justificando que ele pode revitalizar o futebol argentino e combater o que o presidente chama de “socialismo empobrecedor no futebol”.
O decreto que permite a transformação de clubes em SAFs foi barrado no Senado, mas segue em vigor enquanto aguarda análise na Câmara dos Deputados. Durante sua campanha, Milei enfrentou oposição de clubes tradicionais como River Plate e Boca Juniors, que defendem o modelo de associações civis sem fins lucrativos, tradicional no futebol argentino.
Apesar das críticas, o governo aposta nas SAFs como um passo para modernizar e atrair investimentos ao esporte no país, mesmo que a discussão continue polarizando torcidas, dirigentes e o cenário político.
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