A China registrou uma queda de 0,3% nos preços ao consumidor (CPI) e de 4,4% no preços ao produtor (PPI) em julho, na comparação anual. As informações foram divulgadas na noite de terça-feira (8), pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) do país.
A inflação na China medida pelo CPI teve alta mensal de 0,2% na comparação com junho. Excluindo os preços de alimentos e energia, no chamado núcleo da inflação, o CPI teve alta de 0,8% em relação ao ano anterior, sendo o maior desde janeiro.
Este foi o primeiro declínio anual da inflação desde o início de 2021.
A queda anual de 26% nos preços da carne suína, alimento básico na China, explica boa parte da deflação. Já os preços do turismo subiram 13,1% em relação ao ano anterior.
Segundo analistas, o ímpeto econômico continua a enfraquecer na China, com baixa demanda doméstica. E a deflação pode colocar ainda mais pressão sobre o governo para considerar estímulos adicionais.
A balança comercial chinesa, divulgada também nesta semana, apontou que as exportações chinesas caíram 14,5% em julho em relação ao ano anterior, enquanto as importações caíram 12,4% em dólares americanos – ambos piores do que os analistas esperavam.
Crescimento do país preocupa
Os números do crescimento econômico da China têm levado o mercado a rebaixar suas previsões para o ano. JPMorgan, Morgan Stanley e Citigroup estão entre os bancos que cortaram projeções de crescimento econômico este ano para 5%.
No ano passado, o país teve um crescimento de 3%, superando apenas o ano de 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19.
Apesar de o PIB da China ter registrado seis crescimentos anuais acima de dois dígitos no século 21, a China não conseguiu repetir esse desempenho desde 2010.
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