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Iêmen: ofensiva contra os houthis gera preocupações globais; entenda

Iêmen: ofensiva contra os houthis gera preocupações globais; entenda

Na noite de quinta-feira (11), o presidente Joe Biden anunciou uma operação militar conjunta bem-sucedida dos Estados Unidos e do Reino Unido no Iêmen, direcionada contra os rebeldes houthis. Essa intervenção ocorreu em resposta a uma série de ataques conduzidos pelo grupo xiita, apoiado pelo Irã, que ameaçavam a liberdade de navegação no estratégico Mar Vermelho.

Os houthis iniciaram seus ataques utilizando drones e mísseis, visando embarcações e navios de carga que transitavam pelo Mar Vermelho.

As nações participantes dos ataques incluíram não apenas os EUA e o Reino Unido, mas também a Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda.

A coalizão mirou mais de 60 alvos em 16 locais utilizados pelos houthis, empregando mais de 100 munições guiadas de precisão.

O Comando Central dos EUA destacou que os ataques foram uma resposta necessária aos contínuos e ilegais atentados dos houthis contra navios comerciais, prejudicando a segurança e estabilidade na região.

Essas ações ocorreram no âmbito da Operação Guardião da Prosperidade, uma coalizão formada por mais de 20 países para enfrentar as ameaças houthis no Mar Vermelho, no Estreito de Bab al-Mandeb e no Golfo de Áden.

Embora a maioria dos países da coalizão tenha apoiado a Operação Guardião da Prosperidade, os ataques aéreos recentes foram conduzidos exclusivamente pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. A razão para a não participação de outros membros não foi comentada oficialmente.

Os houthis, por sua vez, reagiram prometendo que os EUA e o Reino Unido terão que pagar um “preço alto” por suas ações agressivas. O alto funcionário houthi, Hussein Al-Ezzi, afirmou que os ataques foram uma resposta ao “massivo ataque” por parte das forças militares norte-americanas e britânicas.

Entenda a crise no Iêmen: quem são os houthis

O conflito no Iêmen remonta a 2014, quando os houthis, uma minoria muçulmana xiita do norte do país, iniciaram uma rebelião contra o governo central. Desde então, a guerra evoluiu para um confronto indireto entre Arábia Saudita e Irã, representando uma das crises humanitárias mais graves do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

A atual escalada preocupa não apenas pela instabilidade regional, mas também pelos impactos globais. O Mar Vermelho, que conecta a Península Arábica ao continente africano, é vital para o transporte marítimo global. A interrupção desse corredor pode afetar as cadeias de suprimento e a segurança energética, tornando-se um foco de tensões geopolíticas.

As reações dos mercados globais também são evidentes, com os preços do petróleo registrando aumento devido ao temor de interrupções no transporte marítimo. Grandes empresas de transporte, como Maersk, MSC, Hapag-Lloyd e CMA CGM, já pausaram suas atividades no Mar Vermelho, e a BP suspendeu temporariamente os trânsitos pela região.

Em meio à complexa situação, Joe Biden assegurou que os Estados Unidos estão dispostos a tomar as medidas necessárias para proteger seu povo e garantir o livre fluxo do comércio internacional. Entretanto, a comunidade internacional permanece em alerta quanto à crise no Iêmen.