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Guerra em Israel completa um mês: veja os cenários e perspectivas

Guerra em Israel completa um mês: veja os cenários e perspectivas

Há exatamente um mês, no dia 7 de outubro, guerrilheiros do grupo terrorista Hamas dispararam mísseis contra Israel e entraram no território do país, sequestrando pessoas e fazendo reféns, na mais grave batalha desde a guerra do Yom Kippur, de 1973. A guerra em Israel estava apenas começando.

Desde então, batalhas sangrentas têm sido travadas, com o exército israelense bombardeando de forma pesada pontos militares do grupo extremista, mas com impactos na população civil que vive na Faixa de Gaza, onde o Hamas atua.

Nesse período de um mês, o que mudou? Analistas dizem que esta pode ser uma guerra de longa duração, com um final e um tempo ainda imprevisível. Economicamente, isso é ainda um ingrediente de incertezas a mais no mercado, sobretudo o preço do petróleo, que tem sofrido com alta volatilidade nesse período.

Como começou a guerra em Israel?

A guerra em Israel começou no dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra cidadãos israelenses. As ações envolveram ataques por mar, ar e terra, incluindo ataques a um festival de música, invasão de kibutzim e sequestro de reféns, resultando em centenas de mortos e feridos entre os civis israelenses.

Às 6h30, horário local de um sábado, o Hamas disparou 5 mil foguetes da Faixa de Gaza em direção às cidades israelenses, de acordo com relatos de agências internacionais. As lideranças do grupo afirmaram que o propósito da operação era “acabar com a última ocupação na Terra” e era uma resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos em Gaza, que já durava mais de uma década.

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Além disso, homens armados se infiltraram em território israelense ao romper a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel. A partir daí, começou a maior escalada de violência na região nos 75 anos de história do moderno estado de Israel.

Guerra em Israel: cenário indefinido

Ainda há uma indefinição muito grande sobre o que pode ocorrer daqui em diante. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, reiterou que não haverá cessar-fogo em Gaza a menos que o Hamas concorde em libertar os reféns israelenses.

Ele também disse, de acordo com a CNBC, que Israel terá que supervisionar a “responsabilidade de segurança” em Gaza “por um período indefinido” para garantir que o Hamas não possa voltar a agir em grande escala.

Em um mês de combates, os ataques israelenses a Gaza mataram mais de 10 mil palestinos desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde palestino, administrado pelo Hamas. O número total de mortes registadas durante os 31 dias de combates é de 10.022, incluindo 4.102 crianças, informou o órgão.

Enquanto isso, o exército israelense está ampliando seus ataques aéreos em Gaza e as suas forças terrestres estão prontas a “expandir a sua atividade” na Faixa de Gaza, segundo um porta-voz das Forças de Defesa do país. A notícia veio na sexta-feira quando um provedor de dados palestino disse que o serviço de internet na Faixa de Gaza foi cortado pelo bombardeio israelense.

Imagem de Tel-Aviv, capital administrativa de Israel. Foto: Pixabay

Efeitos na política

Enquanto isso, países como os Estados Unidos se movimentam para tentar encontrar uma solução a curto prazo para a guerra. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas – que controla o território palestino da Cisjordânia – fez um apelo ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pedindo a “suspensão imediata da devastadora guerra e o aumento da entrega de ajuda humanitária, incluindo medicamentos, alimentos, água, eletricidade e combustível para Gaza”.

Neste encontro, Abbas enfatizou a urgência de encerrar o conflito que assola Gaza e as áreas circundantes, deixando um rastro de destruição e sofrimento humano. O presidente palestino descreveu a situação como desesperadora e lamentou a falta de palavras para retratar o impacto da guerra no povo palestino, segundo a agência Ansa.

“Estamos nos encontrando novamente em circunstâncias extremamente difíceis, e não há palavras para descrever a guerra de genocídio e destruição que nosso povo palestino em Gaza está enfrentando pelas mãos da máquina de guerra israelense, sem respeito às regras do direito internacional”, enfatizou Abbas.

A reunião entre Mahmoud Abbas e Antony Blinken ocorre em meio a uma escalada da violência na região, com trocas de ataques entre Israel e grupos militantes palestinos em Gaza. O apelo do presidente palestino por uma trégua imediata e um aumento substancial na ajuda humanitária reflete a gravidade da situação e a necessidade urgente de intervenção diplomática para conter o conflito e mitigar o sofrimento da população civil.

Blinken, ouviu as preocupações de Abbas e expressou a intenção dos Estados Unidos de trabalhar ativamente para buscar uma solução pacífica e sustentável para o conflito. O encontro entre os dois líderes marca um esforço significativo para buscar uma resolução para a crise humanitária em Gaza e para promover a estabilidade na região.

E na economia?

Os efeitos da guerra, que promete ser de longo prazo, também são sentidos na economia. Principalmente na negociação de petróleo. Essa commodity tem sofrido com alta volatilidade. Na segunda-feira (6), por exemplo, os preços do petróleo caíram mais de 2%, à medida que os esforços diplomáticos no Oriente Médio se intensificam numa tentativa de conter o conflito entre Israel e o Hamas, aliviando as preocupações dos investidores sobre potenciais interrupções no fornecimento.

Com isso, o contrato futuro do petróleo Brent fecharam em queda de US$ 1,89, ou 2,05%, a US$ 90,27 por barril. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), negociado nos EUA, caíram US$ 2,11, ou 2,4%, para US$ 85,97 o barril.

Tudo isso, torna a guerra em Israel um evento que parece se configurar a longo prazo, trazendo mais um efeito adicional de incertezas para a economia e o mundo de uma forma geral.