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Super Quarta vem aí: o que esperar dos juros no Brasil e nos EUA?

Super Quarta vem aí: o que esperar dos juros no Brasil e nos EUA?

O Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed) definem juros na próxima quarta-feira (20). O mercado chama o evento de Super Quarta.

O Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed) definem juros na próxima quarta-feira (20). Quando Estados Unidos e Brasil decidem juros no mesmo dia, o mercado costumeiramente chama o evento de Super Quarta.

Confira abaixo quais são as expectativas para a Super Quarta.

Expectativas para a Super Quarta: no Brasil

A expectativa unânime é por mais um corte da Selic, taxa básica de juros, de 50 pontos-base, o que a fará chegar a 12,75% ao ano. 

A Selic está hoje em 13,25% ao ano. Este referencial foi definido no dia 2 de agosto. A decisão de baixar a taxa de 13,75% para 13,25% veio após 1 ano de juros mantidos no mesmo patamar. Sendo que a paralisação se deu após um ciclo de 12 altas, subsequentes ao piso histórico da taxa (2%), que ocorreu ao longo da pandemia.

“Banco Central deve cortar Selic em 0,50 ponto porcentual. O comunicado deve sinalizar mais cortes nesse mesmo ritmo. A gente espera mais um corte de 0,50 para novembro, mas em dezembro, deve haver espaço para 0,75 ponto porcentual”, afirma Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

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gráfico Selic

Expectativas para a Super Quarta: nos EUA

O Banco Central americano, Federal Reserve, deve manter a taxa de juros, mas com discurso ainda duro devido às perspectivas de inflação, diz Kautz.

“O comitê de política monetária deve revisar o Produto Interno Bruto (PIB) para cima e manter no comunicado a possibilidade de mais uma alta de juros para a reunião de novembro. Apesar disso, a gente não espera que eles entreguem essa alta, basicamente porque os números de inflação, apesar de terem dado um repique no último mês, devem mostrar desaceleração”, pontua.

Com a provável manutenção dos juros, a taxa segue em 5,25%-5,50% ao ano. Vale lembrar que, em julho, o Fed subiu os juros em 25 pontos-base, chegando ao teto de 5,5%, que não se via desde janeiro de 2001. Em junho, o Fed já havia promovido uma pausa nos juros, depois de dez altas consecutivas – que começaram em maio de 2022. O argumento do banco para justificar a primeira paralisação foi avaliar o impacto das medidas de política monetária na economia real.

Ouça o áudio se Stephan Kautz na íntegra:

Quem mais decide juros?

Na semana passada, o Banco Central Europeu elevou a taxa de juros em 25 pontos-base. 

Para esta semana, além de Brasil e EUA tem definição na China, no Reino Unido e no Japão.

Na terça (19), à noite, tem divulgação da decisão de juros da China. O Banco Popular da China (PBoC) cortou a taxa de juros de curto prazo na semana passada, de 2,15% para 1,95%, e injetou 34 bilhões de yuan (US$ 4,67 bilhões) em liquidez. 

Na quinta-feira (21) é a vez do Banco da Inglaterra (BoE). Em agosto, o banco subiu os juros em 25 pontos-base, chegando a 5,25% ao ano, na 14ª alta consecutiva. 

Por fim, na sexta-feira (22), quem decide juros é o Banco do Japão (BoJ). Por lá, a expectativa é pelo fim da política de taxas de juros negativas do banco – atualmente, as taxas de curto prazo são negativas em 0,1% e os rendimentos de títulos de 10 anos estão em 0%.

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