Circula nas redes sociais um vídeo afirmando que o Drex, a moeda digital brasileira criada pelo Banco Central, também conhecida como “real digital”, substituirá o dinheiro físico e será usada para intensificar o controle social da população. No entanto, essa informação é falsa.
A onda de questionamentos surgiu após uma outra polêmica nas redes sociais relacionada à notícia de que a Receita Federal teria intensificado a fiscalização sobre as transações via Pix. Usuários alegaram que essa medida indicava uma tentativa de controlar os pagamentos e criar um novo imposto. Diante da repercussão, o governo recuou e revogou as novas regras do Pix.
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O que é o Drex?
O Drex é uma moeda digital em desenvolvimento pelo Banco Central desde agosto de 2020, e atualmente está em sua segunda fase de testes. Quando lançado, será a versão digital do “real” tradicional, com o mesmo valor e validade da moeda física.
Embora não haja uma data oficial para o lançamento, espera-se que o “real digital” esteja disponível para a população entre 2025 e 2026. Isso tem gerado algumas preocupações entre os usuários, especialmente em relação ao possível controle estatal sobre a moeda. Ao contrário das criptomoedas como o Bitcoin, o Drex será centralizado, ou seja, será emitido e regulado por uma instituição – no caso, o Banco Central.
A nova tecnologia também permitirá transações com contratos inteligentes, ou seja, condições automáticas para a execução de pagamentos. Por exemplo, na compra de um carro, o comprador poderá vincular o pagamento à atualização do registro do veículo em nome do novo proprietário, e isso ocorrerá de forma simultânea e automática. Além disso, o Drex proporcionará maior rastreabilidade dos recursos.
O que diz o vídeo?
Com o avanço do Drex, circulou nas redes sociais a ideia de que o governo poderia extinguir o dinheiro físico e, por meio do Drex, controlar e restringir o uso do dinheiro pela população.
Em um vídeo que circula, o autor afirma que o Drex será utilizado para “controle social” por parte do governo, sugerindo que o governo poderia estabelecer prazos para o gasto de valores nas contas, além de limitar o uso do dinheiro a transações específicas.
Banco Central desmente alegações
A assessoria de imprensa do Banco Central esclareceu que as informações apresentadas no vídeo são falsas.
Atualmente, o Drex está em fase de testes, com as instituições participantes avaliando cenários que possam se beneficiar da moeda digital. Esses testes ocorrem em ambientes simulados, sem transações reais. O Banco Central também garantiu que não há planos para eliminar ou substituir o dinheiro físico.
No entanto, especialistas destacam que essa é uma tendência de longo prazo, acompanhando o avanço da bancarização e o crescente acesso da população brasileira a contas digitais. Após o sucesso do Pix, o Drex deve representar mais um passo na direção da digitalização do sistema financeiro.
