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Setor público tem déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro

Setor público tem déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro

O setor público consolidado brasileiro — que reúne o Governo Central, os governos regionais e as estatais — registrou déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro de 2025, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central (BC). O resultado mostra um agravamento das contas públicas em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit havia sido de R$ 7,3 bilhões.

O Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, foi responsável pela maior parcela do déficit, somando R$ 14,9 bilhões no mês. Já os governos regionais (estados e municípios) registraram saldo negativo de R$ 3,5 bilhões, enquanto as empresas estatais apresentaram superávit de R$ 1 bilhão.

Com o resultado de setembro, o setor público consolidado acumula em 12 meses um déficit primário de R$ 33,2 bilhões, o equivalente a 0,27% do PIB. No mesmo período encerrado em agosto, o déficit acumulado era menor, de R$ 23,1 bilhões (0,19% do PIB).

Juros nominais sobem com Selic mais alta e câmbio

O BC destacou que os juros nominais — que incluem o custo do endividamento público — atingiram R$ 84,7 bilhões em setembro, contra R$ 46,4 bilhões em igual mês de 2024. Segundo a autarquia, a alta reflete a elevação da taxa Selic, o maior estoque da dívida pública e o resultado menos favorável das operações de swap cambial.

No acumulado de 12 meses até setembro, os juros nominais somaram R$ 984,8 bilhões, o equivalente a 7,89% do PIB, acima dos R$ 819,7 bilhões (7,11% do PIB) verificados um ano antes.

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Déficit nominal ultrapassa R$ 1 trilhão em 12 meses

Com a combinação do déficit primário e dos juros nominais, o resultado nominal do setor público — que mede o déficit total — foi negativo em R$ 102,2 bilhões apenas em setembro. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal chegou a R$ 1,018 trilhão, representando 8,16% do PIB, alta em relação aos 7,81% do PIB registrados até agosto.

Dívida pública volta a crescer

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 64,8% do PIB (R$ 8,1 trilhões) em setembro, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação a agosto. Segundo o BC, o avanço foi impulsionado pelos juros nominais apropriados (+0,7 p.p.), pelo déficit primário (+0,1 p.p.) e pela valorização do câmbio, de 2% no mês (+0,2 p.p.).

No acumulado do ano, a DLSP já subiu 3,3 pontos percentuais do PIB, refletindo principalmente o impacto dos juros (+5,5 p.p.) e da valorização cambial de 14,1% (+1,7 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que abrange o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais — também cresceu, chegando a 78,1% do PIB (R$ 9,7 trilhões) em setembro, alta de 0,6 ponto percentual no mês. O aumento foi influenciado pelos juros nominais (+0,8 p.p.) e pelas emissões líquidas de dívida (+0,3 p.p.), compensados parcialmente pela valorização do real e pelo crescimento do PIB nominal.

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