O CPI dos EUA em fevereiro ficou em 0,4%, mostrando uma leve desaceleração da inflação em relação ao índice de janeiro, que havia sido de 0,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pelo US Bureau of Laour Statistics.
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O dado acumulado em 12 meses agora é de 6,0%, ante o índice de 6,4% no acumulado até janeiro.
O núcleo do CPI de fevereiro, descontados os preços de alimentos e combustíveis, considerados mais voláteis, ficou em ficou em 0,5%, leve alta em relação aos 0,4% de janeiro. No acumulado de 12 meses, o índice está em 5,5%, queda marginal ante o 5,6% acumulado até janeiro.,
Os dados do núcleo da inflação são considerados pelos analistas como mais impactados pelas decisões monetárias do Fed, o banco central norte-maericano, já que trazem tendências menos voláteis sobre os preços, descartando itens afetados por sazonalidades como os alimentos.
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CPI dos EUA em fevereiro: Fed de olho nos números
Os resultados do CPI serão levados em consideração pelo Fomc, o comitê de política monetária do Fed, em sua reunião da semana que vem, a segunda do ano, que vai definir se haverá uma aceleração na alta dos juros.
A taxa está entre 4,5% e 4,75% ao ano, e era consenso entre boa parte dos analistas que o Fed aumentaria mais uma vez o número, já que a inflação não tem dado sinais de desaceleração, enquanto o mercado de trabalho segue aquecido, conforme dados de sexta-feira do payroll.
Os discursos feitos na semana passada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso, deram inclusive a impressão de que a alta poderia ser acelerada, de 25 pontos-base para 50, e que os números máximos poderiam ultrapassar os 5,5% projetados inicialmente pelos analistas como índice máximo.
A quebra do Silicon Valley Bank, contudo, tem feito parte do mercado considerar que é possível uma interrupção momentânea do ciclo de altas.
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O economista-chefe da EQI Asset, Stephan F. Kautz, explica que os números vieram próximos do consenso projetado pelo mercado, e afirma que, de forma isolada, seriam mais um sinal para a subida de juros na reunião da semana que vem do Fomc.
“Seria possível até uma alta de 50 pontos-base, como alguns analistas chegaram a projetar na semana passada, porque os números do núcleo especialmente mostram ainda uma pressão inflacionária muito forte, anualizado o núcleo estaria ainda perto de 4,5%, ou seja, acima da meta”, diz.
Mas o analista aponta que o temor de uma crise bancária mais generalizada, após a quebra do Silicon Valley Bank, deve segurar a alta para 25 pontos-base. Ainda assim, ele diz que a EQI Asset suspendeu suas projeções de prazo mais longo.
“Nós tínhamos um call de três altas de pontos-base nas próximas três reuniões, mas vamos manter apenas a alta de 25 pontos para a semana que vem e aguardar novos números e o comportamento do mercado, a extensão da crise bancária, inclusive o impacto disso sobre a inflação, para depois chegar a números mais assertivos.”
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