Um dos grandes vilões da disparada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro foi a energia elétrica. A crescente constante nos preços de energia impacta diretamente o bolso dos consumidores e contribui para a inflação mais alta.
Com este cenário em mente, Alexandre Viotto, head de banking na EQI Investimentos, expõe as causas desse cenário e apresenta caminhos para a redução dos custos.
O executivo, com vasta experiência no setor financeiro e observador das transformações no mercado energético, compartilhou suas análises e recomendações sobre a migração para o mercado livre de energia e a adoção da geração distribuída.
Viotto explicou que, apesar do Brasil ter uma matriz energética com custos comparativamente menores do que os de países europeus, o valor final pago pelo consumidor é elevado por conta de encargos adicionais.
Ele aponta que as despesas com a segurança do sistema, a distribuição e custos históricos – como a compra compulsória de energia de usinas termelétricas – compõem a tarifa. “Quando comparamos com a renda média do brasileiro, fica claro que é um custo pesado“, afirmou Viotto.
O executivo apontou que as condições climáticas recentes têm trazido forte influência na elevação dos preços da energia. Segundo ele, a escassez de chuvas obriga o uso de fontes de energia mais caras que a hidrelétrica, que é a opção mais econômica.
“A tendência para os próximos meses é que o custo da tarifa de energia continue pressionado, principalmente porque o período mais seco exige o acionamento de fontes alternativas“, destacou Viotto, enfatizando a continuidade dos altos custos mesmo em cenários de menor volume pluviométrico.
Viotto mostra alternativas para reduzir a conta de luz
Na busca por soluções para reduzir o impacto dos altos custos, Viotto destacou as soluções oferecidas pela EQI Investimentos. Para empresas que operam em alta tensão, ele aconselhou a migração para o mercado livre de energia, que permite uma revisão dos encargos tarifários e a redução dos picos provocados pelas variações das bandeiras.
“Se a empresa estiver em alta tensão, é altamente recomendável entrar nesse mercado. Na EQI, temos todas as soluções para isso“, declarou o executivo.
Já para clientes em baixa tensão, a geração distribuída, especialmente através da energia solar, pode ser uma solução viável.
Segundo o executivo, essa alternativa se mostra interessante para consumidores cuja conta de energia ultrapassa R$ 400 e que possuem espaço disponível, como um telhado.
“Para quem mora em apartamento, essa opção não é viável. Se a pessoa tem um telhado disponível, o investimento em painel solar faz sentido nas condições atuais do mercado“, destacou Viotto, ressaltando a importância de um estudo detalhado para a instalação dos equipamentos.
Além disso, o executivo sugeriu que consultores interessados em migrar para o mercado livre ou investir em geração distribuída devem analisar cuidadosamente os números.
“É essencial colocar tudo na ponta do lápis. Podemos ajudar a fazer esse estudo, mostrando qual será a economia caso se opte pela migração para o mercado livre e quanto precisaria ser investido em painéis solares“, explicou, indicando uma abordagem prática para a tomada de decisão.
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Considerações finais e perspectivas futuras
Viotto concluiu que, embora os fatores estruturais e as condições sazonais continuem a pressionar os custos da energia, a escolha entre as alternativas dependerá do perfil e das necessidades de cada consumidor.
“A pior escolha, sem dúvidas, é permanecer no mercado cativo, onde os custos são sempre elevados e os impactos das variações tarifárias se refletem de maneira mais intensa no valor final da conta“, destacou Viotto.
Assim, o executivo reforça que uma avaliação criteriosa dos custos e dos benefícios de cada opção é essencial para enfrentar os desafios do cenário energético atual e buscar soluções mais econômicas a longo prazo.
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